PROPOSTA DE REDAÇÃO PARA O ENEM - 28 - TEXTO E GRAMÁTICA EM PAUTA

quinta-feira, 28 de julho de 2016

PROPOSTA DE REDAÇÃO PARA O ENEM - 28


A partir da leitura dos textos motivadores seguintes e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija um texto dissertativo-argumentativo na modalidade escrita formal da língua portuguesa sobre o tema O COMBATE AO CONSUMO DAS DROGAS LÍCITAS E ILÍCITAS ENTRE OS JOVENS BRASILEIROS. Apresente proposta de intervenção que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.
TEXTO 1
O perigoso flerte com as drogas na adolescência
Na fase em que a curiosidade aproxima o jovem das drogas, o diálogo franco é o melhor caminho para que ele entenda por que dizer "não"

Segundo um levantamento do Centro Brasileiro de Informações sobre Drogas Psicotrópicas (Cebrid) com estudantes de escolas públicas com idade entre 10 e 18 anos, 65,2% dos entrevistados já experimentaram bebida alcoólica. Outros 5,9% fumaram maconha e 15,5% usaram solventes, de acetona a lança-perfume. Os números não deixam dúvida: as drogas fazem parte do universo jovem. A relação com elas é constante e, por vezes, ocorre dentro dos muros da escola. Não adianta fingir que o assunto não existe - ou, o que é comum, se livrar dele pela via da expulsão. O tema exige ação. 
Mas o que fazer? Pesquisas recentes têm demonstrado que apostar na repressão pura e simples não costuma dar bons resultados. Em vez disso, é melhor compreender a relação dos jovens com as drogas. Entender por que o contato com essas substâncias se intensifica na adolescência é a primeira providência. 
De início, é preciso explicar que a atração pelos entorpecentes tem um forte componente biológico. A principal razão é que o chamado sistema inibitório, a área do cérebro responsável pela ponderação das atitudes, ainda está se desenvolvendo durante a adolescência. A dificuldade de dizer "não", por sua vez, abre caminho para o estímulo do sistema dopaminérgico, relacionado à busca de recompensa. As substâncias psicotrópicas agem justamente sobre essa estrutura, influenciando a produção de hormônios responsáveis pela sensação de prazer. 

TEXTO 2
 
TEXTO 3
Alcoolismo nunca foi problema exclusivo dos adultos. Pode também acometer os adolescentes.
Hoje, no Brasil, causa grande preocupação o fato de os jovens começarem a beber cada vez mais cedo e as meninas, a beber tanto ou mais que os meninos. Pior, ainda, é que certamente parte deles conviverá com a dependência do álcool no futuro.
Para essa reviravolta em relação ao uso de álcool entre os adolescentes, que ocorreu bruscamente de uma geração para outra, concorreram diversos fatores de risco. O primeiro é que o consumo de bebida alcoólica é aceito e até estimulado pela sociedade. Pais que entram em pânico quando descobrem que o filho ou a filha fumou maconha ou tomou um comprimido de ecstasy numa festa, acham normal que eles bebam porque, afinal, todos bebem.
Sem desprezar os fatores genéticos e emocionais que influem no consumo da bebida – o álcool reduz o nível de ansiedade e algumas pessoas estão mais propensas a desenvolver alcoolismo –, a pressão do grupo de amigos, o sentimento de onipotência próprio da juventude, o custo baixo da bebida, a falta de controle na oferta e consumo dos produtos que contêm álcool, a ausência de limites sociais colaboram para que o primeiro contato com a bebida ocorra cada vez mais cedo.
Não é raro o problema começar em casa, com a hesitação paterna na hora de permitir ou não que o adolescente faça uso do álcool ou com o mau exemplo que alguns pais dão se vangloriando de serem capazes de beber uma garrafa de uísque ou dez cervejas num final de semana. Não se pode esquecer de que, em qualquer quantidade, o álcool é uma substância tóxica e que o metabolismo das pessoas mais jovens faz com que seus efeitos sejam potencializados. Não se pode esquecer também de que ele é responsável pelo aumento do número de acidentes e atos de violência, muitos deles fatais, a que se expõem os usuários.
Proibir apenas que os adolescentes bebam não adianta. É preciso conversar com eles, expor-lhes a preocupação com sua saúde e segurança e deixar claro que não há acordo possível quanto ao uso e abuso do álcool, dentro ou fora de casa.

TEXTO 4

Jovens começam a fumar cada vez mais cedo

Curiosidade, aceitação social e contato desde cedo com fumantes. Esses são apenas alguns dos inúmeros motivos que levam um jovem a entrar no mundo do tabagismo

Curiosidade, aceitação social e contato desde cedo com fumantes. Esses são apenas alguns dos inúmeros motivos que levam um jovem a colocar o primeiro cigarro na boca. Muitos fumantes entram nessa cortina de fumaça antes de completar a maioridade. Pesquisas mostram que o fumo é responsável por 30% das mortes ocasionadas por câncer, sendo 90% dos casos, o de pulmão. Além disso, o fumo está ligado à origem de tumores malignos de outros órgãos como: boca, laringe, pâncreas, rins e bexiga, colo do útero e esôfago.
A principal substância ativa encontrada naturalmente no tabaco – matéria prima que dá origem ao cigarro – é a nicotina, poderoso estimulante do sistema nervoso central. Com o início do consumo dessa substância, o cérebro exige quantidades cada vez maiores, e isso explica porque as pessoas tornam-se viciadas. Apenas na fumaça do cigarro existem mais de 4.770 substâncias tóxicas como nicotina, alcatrão, monóxido de carbono e até radioativas como polônio 210 e cádmio, que também são encontradas nas baterias de carros.
“O tabagismo, doença caracterizada pelo vício ao cigarro, foi conceituada pelo Código Internacional de Doenças (CID) como sendo um grupo de transtornos mentais e de comportamento, decorrentes do uso de substâncias psicoativas (drogas de atuação sobre o sistema nervoso central)”, explica o pneumologista do Frischmann Aisengart, Dr. Roberto Rodrigues Junior.
Os danos trazidos pelo cigarro são inúmeros. Após a tragada, a fumaça leva sete segundos para chegar ao cérebro e há aumento da frequência cardíaca e pressão arterial. Após três meses o vício já está instalado e há a diminuição progressiva do olfato e paladar. Engana-se quem se acha capaz de parar de fumar quando quiser.
http://www.gazetadopovo.com.br/viver-bem/saude-e-bem-estar/saude/jovens-comecam-a-fumar-cada-vez-mais-cedo/


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