A partir da leitura dos textos motivadores seguintes e com
base nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija um texto
dissertativo-argumentativo na modalidade escrita formal da língua portuguesa
sobre o tema O COMBATE AO CONSUMO
DAS DROGAS LÍCITAS E ILÍCITAS ENTRE OS JOVENS BRASILEIROS. Apresente
proposta de intervenção que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e
relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu
ponto de vista.
TEXTO 1
O perigoso flerte com as drogas na adolescência
Na fase em que a curiosidade aproxima o jovem das
drogas, o diálogo franco é o melhor caminho para que ele entenda por que dizer
"não"
Segundo um levantamento do
Centro Brasileiro de Informações sobre Drogas Psicotrópicas (Cebrid) com
estudantes de escolas públicas com idade entre 10 e 18 anos, 65,2% dos
entrevistados já experimentaram bebida alcoólica. Outros 5,9% fumaram maconha e
15,5% usaram solventes, de acetona a lança-perfume. Os números não deixam dúvida:
as drogas fazem parte do universo jovem. A relação com elas é constante e, por
vezes, ocorre dentro dos muros da escola. Não adianta fingir que o assunto não
existe - ou, o que é comum, se livrar dele pela via da expulsão. O tema exige
ação.
Mas o que fazer? Pesquisas
recentes têm demonstrado que apostar na repressão pura e simples não costuma
dar bons resultados. Em vez disso, é melhor compreender a relação dos jovens
com as drogas. Entender por que o contato com essas substâncias se intensifica
na adolescência é a primeira providência.
De início, é preciso explicar
que a atração pelos entorpecentes tem um forte componente biológico. A
principal razão é que o chamado sistema inibitório, a área do cérebro
responsável pela ponderação das atitudes, ainda está se desenvolvendo durante a
adolescência. A dificuldade de dizer "não", por sua vez, abre caminho
para o estímulo do sistema dopaminérgico, relacionado à busca de recompensa. As
substâncias psicotrópicas agem justamente sobre essa estrutura, influenciando a
produção de hormônios responsáveis pela sensação de prazer.
TEXTO 2
TEXTO 3
Alcoolismo
nunca foi problema exclusivo dos adultos. Pode também acometer os adolescentes.
Hoje, no Brasil, causa grande preocupação o
fato de os jovens começarem a beber cada vez mais cedo e as meninas, a beber
tanto ou mais que os meninos. Pior, ainda, é que certamente parte deles
conviverá com a dependência do álcool no futuro.
Para essa
reviravolta em relação ao uso de álcool entre os adolescentes, que ocorreu
bruscamente de uma geração para outra, concorreram diversos fatores de risco. O
primeiro é que o consumo de bebida alcoólica é aceito e até estimulado pela
sociedade. Pais que entram em pânico quando descobrem que o filho ou a filha
fumou maconha ou tomou um comprimido de ecstasy numa festa, acham normal que
eles bebam porque, afinal, todos bebem.
Sem
desprezar os fatores genéticos e emocionais que influem no consumo da bebida –
o álcool reduz o nível de ansiedade e algumas pessoas estão mais propensas a
desenvolver alcoolismo –, a pressão do grupo de amigos, o sentimento de
onipotência próprio da juventude, o custo baixo da bebida, a falta de controle
na oferta e consumo dos produtos que contêm álcool, a ausência de limites
sociais colaboram para que o primeiro contato com a bebida ocorra cada vez mais
cedo.
Não é
raro o problema começar em casa, com a hesitação paterna na hora de permitir ou
não que o adolescente faça uso do álcool ou com o mau exemplo que alguns pais
dão se vangloriando de serem capazes de beber uma garrafa de uísque ou dez
cervejas num final de semana. Não se pode esquecer de
que, em qualquer quantidade, o álcool é uma substância tóxica e que o
metabolismo das pessoas mais jovens faz com que seus efeitos sejam
potencializados. Não se pode esquecer também de que ele é responsável pelo
aumento do número de acidentes e atos de violência, muitos deles fatais, a que
se expõem os usuários.
Proibir
apenas que os adolescentes bebam não adianta. É preciso conversar com eles,
expor-lhes a preocupação com sua saúde e segurança e deixar claro que não há
acordo possível quanto ao uso e abuso do álcool, dentro ou fora de casa.
TEXTO 4
Jovens começam a fumar cada vez mais cedo
Curiosidade, aceitação
social e contato desde cedo com fumantes. Esses são apenas alguns dos inúmeros
motivos que levam um jovem a entrar no mundo do tabagismo
Curiosidade,
aceitação social e contato desde cedo com fumantes. Esses são apenas alguns dos
inúmeros motivos que levam um jovem a colocar o primeiro cigarro na boca.
Muitos fumantes entram nessa cortina de fumaça antes de completar a maioridade.
Pesquisas mostram que o fumo é responsável por 30% das mortes ocasionadas por
câncer, sendo 90% dos casos, o de pulmão. Além disso, o fumo está ligado à
origem de tumores malignos de outros órgãos como: boca, laringe, pâncreas, rins
e bexiga, colo do útero e esôfago.
A
principal substância ativa encontrada naturalmente no tabaco – matéria prima
que dá origem ao cigarro – é a nicotina, poderoso estimulante do sistema
nervoso central. Com o início do consumo dessa substância, o cérebro exige
quantidades cada vez maiores, e isso explica porque as pessoas tornam-se
viciadas. Apenas na fumaça do cigarro existem mais de 4.770 substâncias tóxicas
como nicotina, alcatrão, monóxido de carbono e até radioativas como polônio 210
e cádmio, que também são encontradas nas baterias de carros.
“O
tabagismo, doença caracterizada pelo vício ao cigarro, foi conceituada pelo
Código Internacional de Doenças (CID) como sendo um grupo de transtornos
mentais e de comportamento, decorrentes do uso de substâncias psicoativas
(drogas de atuação sobre o sistema nervoso central)”, explica o pneumologista
do Frischmann Aisengart, Dr. Roberto Rodrigues Junior.
Os danos
trazidos pelo cigarro são inúmeros. Após a tragada, a fumaça leva sete segundos
para chegar ao cérebro e há aumento da frequência cardíaca e pressão arterial.
Após três meses o vício já está instalado e há a diminuição progressiva do
olfato e paladar. Engana-se quem se acha capaz de parar de fumar quando quiser.
http://www.gazetadopovo.com.br/viver-bem/saude-e-bem-estar/saude/jovens-comecam-a-fumar-cada-vez-mais-cedo/
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