A partir da leitura dos
textos motivadores seguintes e com base nos conhecimentos construídos ao longo
de sua formação, redija um texto dissertativo-argumentativo na modalidade
escrita formal da língua portuguesa sobre o tema A OBESIDADE EM QUESTÃO NO BRASIL. Apresente proposta de
intervenção que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione,
de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de
vista.
TEXTO 1
É
preciso combater o “PESO” da obesidade entre as crianças
A obesidade é uma disfunção que assusta cada vez
mais pelos seus índices, no Brasil e no mundo. O endocrinologista Dr. Alfredo
Halpern ( chefe do grupo de Obesidade e Doenças Metabólicas do Serviço de
Endocrinologia do Hospital Israelita Albert Einstein) lembra, como a maioria
dos especialistas, que “obesidade não é falta de caráter ou de consciência”, é
uma doença e deve ser tratada desta forma.
Segundo os dados da Organização Pan-Americana
de Saúde, “os inquéritos populacionais têm registrado um alarmante aumento na
incidência de obesidade no Brasil nas últimas três décadas”. O documento mostra
que, entre 1996 e 2016, a prevalência da obesidade no Brasil aumentou de 3 para
15% em crianças.
Estes números mostram que a prevalência de
obesidade infanto-juvenil no Brasil subiu 240% nas últimas duas décadas. Para o endocrinologista
pediátrico, Dr. Luiz Cláudio Castro, é fundamental investir na
reeducação dos hábitos alimentares e na atividade física da população
infantil. “A educação é o instrumento mais valioso e eficaz para bloquearmos
este aumento na incidência da obesidade e suas complicações, de forma a
evitarmos que se realize a previsão de que 35% da população brasileira estará
obesa em 2025”.
Não basta trabalhar apenas com informações
nutricionais, mas estimular a atividade física. Além
disso, ele enfatiza que a proposta não deve se restringir somente às crianças
acima do peso. Todas devem estar envolvidas.
Causada principalmente pela ingestão
inadequada de alimentos e pela falta da prática de exercícios físicos, a
obesidade é também desencadeada por fatores ambientais, além de biológicos,
hereditários e psicológicos. Seu tratamento requer um diagnóstico detalhado,
orientação nutricional e mudanças no estilo de vida.
A principal causa da obesidade é ambiental: alimentação inadequada e
pouca atividade física. Menos de 5% dos casos se deve a doenças
endocrinológicas. A hereditariedade pode ser um fator de risco, mas ela só se
manifesta se o ambiente permitir. Em outras palavras, a genética só se
manifesta se o ambiente for favorável ao excesso de peso. O tratamento e
acompanhamento das crianças com excesso de peso envolve vários aspectos e é,
sobretudo, comportamental, enfocando reeducação nutricional e
mudanças no estilo de vida. Um ponto importante: toda a família deve estar
envolvida, pois os pais, antes de mais nada, devem dar o exemplo.
A orientação nutricional deve ser
diferenciada. O ideal é que seja prazerosa. É interessante, também, que vá
sendo implantada aos poucos, sem ser radical. O importante é que, tanto os pais
quanto os endocrinologistas, trabalhem para que a criança não se torne um
adulto obeso. De acordo com dados publicados no livro “Pontos para o Gordo” do
Dr. Alfredo Halpern, a criança obesa na puberdade tem 40% de chances de manter
este quadro na vida adulta. No caso de adolescentes, esta chance aumenta para
70%.
TEXTO 2
TEXTO 3
Coca-Cola, Ambev e PepsiCo
mudam política para refrigerante em escolas
Empresas deixarão de vender produto a escolas para
crianças de até 12.
Crianças 'não têm maturidade' para tomar decisões de consumo, admitem.
Crianças 'não têm maturidade' para tomar decisões de consumo, admitem.
As gigantes de bebidas Coca-Cola
Brasil, Ambev e PepsiCo Brasil anunciaram nesta quarta-feira (22), em comunicado
conjunto, um acordo para mudar a política de venda de refrigerantes em escolas.
Segundo as empresas, a partir de
agosto, as fabricantes deixarão de vender refrigerantes diretamente às cantinas
de escolas "para crianças de até 12 anos (ou com maioria de crianças de
até essa idade)".
Pelo acordo, elas passarão a vender
"apenas água mineral, suco com 100% de fruta, água de coco e bebidas
lácteas que atendam a critérios nutricionais específicos".
No caso de grandes escolas, que
contemplem crianças e adolescentes de diversas idades, o trabalho será feito
pela conscientização do cantineiro e da diretoria - que determinam as regras
internas.
A diretora de Categorias da Coca-Cola Brasil, Andrea Mota, explicou, em entrevista, que as
empresas envolvidas na ação não têm poder para fiscalizar as vendas dentro das
escolas, mas que podem sugerir as mudanças por meio da campanha.
Outra novidade, de acordo com a
diretora, é que a Coca-Cola vai comercializar apenas latas em versão mini dos
seus refrigerantes nas escolas, com 250 ml (100 ml a menos que a lata
convencional). A medida será adotada para tentar reduzir o consumo mesmo entre
os mais velhos.
Mota falou também que não foram
feitos cálculos sobre o impacto financeiro da ação e que não tinha a estimativa
de quantas escolas deixarão de receber os produtos. "Não temos esse estudo
porque não foi uma decisão comercial", explicou.
A proibição da venda de
refrigerantes em escola tem sido uma cobrança crescente e alvo de diversos
projetos de lei pelo país em razão do aumento da preocupação com a obesidade
infantil e da defesa de uma alimentação mais saudável.
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