PROPOSTA DE REDAÇÃO PARA O ENEM - 25 - TEXTO E GRAMÁTICA EM PAUTA

sábado, 23 de julho de 2016

PROPOSTA DE REDAÇÃO PARA O ENEM - 25


A partir da leitura dos textos motivadores seguintes e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija um texto dissertativo-argumentativo na modalidade escrita formal da língua portuguesa sobre o tema A OBESIDADE EM QUESTÃO NO BRASIL. Apresente proposta de intervenção que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.

TEXTO 1
É preciso combater o “PESO” da obesidade entre as crianças
A obesidade é uma disfunção que assusta cada vez mais pelos seus índices, no Brasil e no mundo. O endocrinologista Dr. Alfredo Halpern ( chefe do grupo de Obesidade e Doenças Metabólicas do Serviço de Endocrinologia do Hospital Israelita Albert Einstein) lembra, como a maioria dos especialistas, que “obesidade não é falta de caráter ou de consciência”, é uma doença e deve ser tratada desta forma.
Segundo os dados da Organização Pan-Americana de Saúde, “os inquéritos populacionais têm registrado um alarmante aumento na incidência de obesidade no Brasil nas últimas três décadas”. O documento mostra que, entre 1996 e 2016, a prevalência da obesidade no Brasil aumentou de 3 para 15% em crianças.
Estes números mostram que a prevalência de obesidade infanto-juvenil no Brasil subiu 240% nas últimas duas décadas. Para o endocrinologista pediátrico, Dr. Luiz Cláudio Castro, é fundamental investir na reeducação dos hábitos alimentares e na atividade física da população infantil. “A educação é o instrumento mais valioso e eficaz para bloquearmos este aumento na incidência da obesidade e suas complicações, de forma a evitarmos que se realize a previsão de que 35% da população brasileira estará obesa em 2025”.
Não basta trabalhar apenas com informações nutricionais, mas estimular a atividade física. Além disso, ele enfatiza que a proposta não deve se restringir somente às crianças acima do peso. Todas devem estar envolvidas.
Causada principalmente pela ingestão inadequada de alimentos e pela falta da prática de exercícios físicos, a obesidade é também desencadeada por fatores ambientais, além de biológicos, hereditários e psicológicos. Seu tratamento requer um diagnóstico detalhado, orientação nutricional e mudanças no estilo de vida.
A principal causa da obesidade é ambiental: alimentação inadequada e pouca atividade física. Menos de 5% dos casos se deve a doenças endocrinológicas. A hereditariedade pode ser um fator de risco, mas ela só se manifesta se o ambiente permitir. Em outras palavras, a genética só se manifesta se o ambiente for favorável ao excesso de peso. O tratamento e acompanhamento das crianças com excesso de peso envolve vários aspectos e é, sobretudo, comportamental, enfocando reeducação nutricional e mudanças no estilo de vida. Um ponto importante: toda a família deve estar envolvida, pois os pais, antes de mais nada, devem dar o exemplo.
A orientação nutricional deve ser diferenciada. O ideal é que seja prazerosa. É interessante, também, que vá sendo implantada aos poucos, sem ser radical. O importante é que, tanto os pais quanto os endocrinologistas, trabalhem para que a criança não se torne um adulto obeso. De acordo com dados publicados no livro “Pontos para o Gordo” do Dr. Alfredo Halpern, a criança obesa na puberdade tem 40% de chances de manter este quadro na vida adulta. No caso de adolescentes, esta chance aumenta para 70%.

TEXTO 2
 

TEXTO 3
Coca-Cola, Ambev e PepsiCo mudam política para refrigerante em escolas
Empresas deixarão de vender produto a escolas para crianças de até 12.
Crianças 'não têm maturidade' para tomar decisões de consumo, admitem.

As gigantes de bebidas Coca-Cola Brasil, Ambev e PepsiCo Brasil anunciaram nesta quarta-feira (22), em comunicado conjunto, um acordo para mudar a política de venda de refrigerantes em escolas.
Segundo as empresas, a partir de agosto, as fabricantes deixarão de vender refrigerantes diretamente às cantinas de escolas "para crianças de até 12 anos (ou com maioria de crianças de até essa idade)".
Pelo acordo, elas passarão a vender "apenas água mineral, suco com 100% de fruta, água de coco e bebidas lácteas que atendam a critérios nutricionais específicos".
No caso de grandes escolas, que contemplem crianças e adolescentes de diversas idades, o trabalho será feito pela conscientização do cantineiro e da diretoria - que determinam as regras internas.
A diretora de Categorias da Coca-Cola Brasil, Andrea Mota, explicou, em entrevista, que as empresas envolvidas na ação não têm poder para fiscalizar as vendas dentro das escolas, mas que podem sugerir as mudanças por meio da campanha.
Outra novidade, de acordo com a diretora, é que a Coca-Cola vai comercializar apenas latas em versão mini dos seus refrigerantes nas escolas, com 250 ml (100 ml a menos que a lata convencional). A medida será adotada para tentar reduzir o consumo mesmo entre os mais velhos.
Mota falou também que não foram feitos cálculos sobre o impacto financeiro da ação e que não tinha a estimativa de quantas escolas deixarão de receber os produtos. "Não temos esse estudo porque não foi uma decisão comercial", explicou.
A proibição da venda de refrigerantes em escola tem sido uma cobrança crescente e alvo de diversos projetos de lei pelo país em razão do aumento da preocupação com a obesidade infantil e da defesa de uma alimentação mais saudável.

Nenhum comentário:

Postar um comentário