A
partir da leitura dos textos motivadores seguintes e com base nos conhecimentos
construídos ao longo de sua formação, redija texto um
dissertativo-argumentativo em norma padrão da língua portuguesa sobre o tema INTERNETÊS: A REVOLUÇÃO LINGUÍSTICA NO
BRASIL DO SÉCULO XXI, apresentando proposta de intervenção, que respeite os
direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa,
argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.
TEXTO
1
A origem da língua Portuguesa
A língua
portuguesa está entre as mais faladas e conhecidas do mundo, é uma
língua que possui suas raízes no latim vulgar. Essas línguas são chamadas de
línguas românticas, latinas ou neolatinas, e são consideradas um tipo de
continuação do latim de onde se originam.
O latim, inicialmente, era o idioma falado no
antigo Império Romano, mas possuía subdivisões: o
latim clássico - que era mais polido e mais culto, usado pelas
classes dominantes do império, e também por poetas, senadores, filósofos - e o latim vulgar, que era um
latim mais acessível ao povo, utilizado pelas classes consideradas mais baixas.
Então, por que a língua portuguesa não veio do
latim clássico? A resposta está na época em que os conquistadores romanos
dominaram a península Ibérica. Pois eles não introduziram o latim clássico, e
sim o latim vulgar, que acabou originando todas as línguas posteriores naquela
região – não só o português.
Quanto ao latim vulgar em Portugal, foi passando
por transformações, sendo mesclado ao dialeto local, adquirindo suas próprias
características. Este latim, no local, não desprezava as diversas línguas
faladas ali antes do domínio romano. Portanto, era inevitável que a língua
portuguesa não tivesse sofrido inúmeras variações antes de chegar ao que
conhecemos nos dias de hoje.
TEXTO
2
Sabe o q eh internetês? Naum? Entaum tá na hra de
aprender + sobre esse assunto! =)
Se
você acha que não sabe o que é internetês,
mas conseguiu ler as orações acima sem nenhuma dificuldade, acaba de descobrir
que não só sabe como provavelmente também o usa! Quem nunca apelou para a
abreviação das palavras durante um bate-papo virtual? Quem nunca precisou eliminar
letras, sílabas inteiras e até mesmo a acentuação de alguns vocábulos na hora
de conversar nos ambientes virtuais, tudo isso para deixar a comunicação mais
dinâmica e mais parecida com nossas conversas da modalidade oral?
Essa
linguagem simplificada e informal chamada internetês surgiu no ambiente da Internet, lá nos anos 1990.
Sua principal função é conferir dinamismo às conversas. Para isso, inventou-se
uma sintaxe particular, ignorou-se as regras ortográficas e abusou-se dos
“emoticons” (), que servem
para traduzir em símbolos a maneira como nos sentimos, já que a escrita não
conta com os mesmos recursos de expressividade disponíveis na oralidade.
TEXTO
3
TEXTO 4
Os perigos do internetês
Criamos alternativas inteligentes para nos comunicarmos
com rapidez e, ao mesmo tempo, diminuir a distância e a impessoalidade dos
diálogos travados nos ambientes virtuais. Ótimo, não? Sim, mas há
controvérsias. Apesar de ser uma linguagem muito útil em nosso dia a dia, o
internetês deve ficar restrito à internet. Existe um princípio chamado de
“adequação linguística” que nos mostra a importância de utilizar adequadamente
(ou seja, respeitando o contexto comunicacional) os diferentes registros da
língua portuguesa. Assim como não falamos com nossos pais como falamos com
nossos colegas de escola, e vice-versa, não devemos também permitir que o
internetês invada uma esfera que não é a dele, isto é, não devemos permitir que
ele “contamine” a escrita de textos que exijam a adequação à norma culta da
língua.
Escrever fazendo uso de siglas, abreviaturas e emoticons tornou-se um hábito tão corriqueiro
que, às vezes, nem notamos que estamos fazendo uso de uma linguagem que deveria
ficar restrita à internet. O internetês é um fenômeno interessante, mas deve
ser tratado como uma linguagem grupal (tipo de língua utilizado por grupos
específicos: note que a maioria dos adeptos do internetês são crianças e
jovens) e adequada apenas para contextos específicos. Na escola e na vida
profissional, devemos priorizar nos textos escritos a norma culta, variedade
que deve ser aprendida e preservada. Respeitar as variações
linguísticas é fundamental, assim como é
fundamental escolher a variedade adequada para cada situação.
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