PROPOSTA DE REDAÇÃO PARA O ENEM - 26 - TEXTO E GRAMÁTICA EM PAUTA

sábado, 23 de julho de 2016

PROPOSTA DE REDAÇÃO PARA O ENEM - 26

A partir da leitura dos textos motivadores seguintes e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija texto um dissertativo-argumentativo em norma padrão da língua portuguesa sobre o tema INTERNETÊS: A REVOLUÇÃO LINGUÍSTICA NO BRASIL DO SÉCULO XXI, apresentando proposta de intervenção, que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.
TEXTO 1
A origem da língua Portuguesa
língua portuguesa está entre as mais faladas e conhecidas do mundo, é uma língua que possui suas raízes no latim vulgar. Essas línguas são chamadas de línguas românticas, latinas ou neolatinas, e são consideradas um tipo de continuação do latim de onde se originam.
O latim, inicialmente, era o idioma falado no antigo Império Romano, mas possuía subdivisões: o latim clássico - que era mais polido e mais culto, usado pelas classes dominantes do império, e também por poetas, senadores, filósofos - e o latim vulgar, que era um latim mais acessível ao povo, utilizado pelas classes consideradas mais baixas.
Então, por que a língua portuguesa não veio do latim clássico? A resposta está na época em que os conquistadores romanos dominaram a península Ibérica. Pois eles não introduziram o latim clássico, e sim o latim vulgar, que acabou originando todas as línguas posteriores naquela região – não só o português.
Quanto ao latim vulgar em Portugal, foi passando por transformações, sendo mesclado ao dialeto local, adquirindo suas próprias características. Este latim, no local, não desprezava as diversas línguas faladas ali antes do domínio romano. Portanto, era inevitável que a língua portuguesa não tivesse sofrido inúmeras variações antes de chegar ao que conhecemos nos dias de hoje.

TEXTO 2
Sabe o q eh internetês? Naum? Entaum tá na hra de aprender + sobre esse assunto! =)

Se você acha que não sabe o que é internetês, mas conseguiu ler as orações acima sem nenhuma dificuldade, acaba de descobrir que não só sabe como provavelmente também o usa! Quem nunca apelou para a abreviação das palavras durante um bate-papo virtual? Quem nunca precisou eliminar letras, sílabas inteiras e até mesmo a acentuação de alguns vocábulos na hora de conversar nos ambientes virtuais, tudo isso para deixar a comunicação mais dinâmica e mais parecida com nossas conversas da modalidade oral?
Essa linguagem simplificada e informal chamada internetês surgiu no ambiente da Internet, lá nos anos 1990. Sua principal função é conferir dinamismo às conversas. Para isso, inventou-se uma sintaxe particular, ignorou-se as regras ortográficas e abusou-se dos “emoticons” (), que servem para traduzir em símbolos a maneira como nos sentimos, já que a escrita não conta com os mesmos recursos de expressividade disponíveis na oralidade.

TEXTO 3
 
TEXTO 4
Os perigos do internetês
Criamos alternativas inteligentes para nos comunicarmos com rapidez e, ao mesmo tempo, diminuir a distância e a impessoalidade dos diálogos travados nos ambientes virtuais. Ótimo, não? Sim, mas há controvérsias. Apesar de ser uma linguagem muito útil em nosso dia a dia, o internetês deve ficar restrito à internet. Existe um princípio chamado de “adequação linguística” que nos mostra a importância de utilizar adequadamente (ou seja, respeitando o contexto comunicacional) os diferentes registros da língua portuguesa. Assim como não falamos com nossos pais como falamos com nossos colegas de escola, e vice-versa, não devemos também permitir que o internetês invada uma esfera que não é a dele, isto é, não devemos permitir que ele “contamine” a escrita de textos que exijam a adequação à norma culta da língua.
Escrever fazendo uso de siglas, abreviaturas e emoticons tornou-se um hábito tão corriqueiro que, às vezes, nem notamos que estamos fazendo uso de uma linguagem que deveria ficar restrita à internet. O internetês é um fenômeno interessante, mas deve ser tratado como uma linguagem grupal (tipo de língua utilizado por grupos específicos: note que a maioria dos adeptos do internetês são crianças e jovens) e adequada apenas para contextos específicos. Na escola e na vida profissional, devemos priorizar nos textos escritos a norma culta, variedade que deve ser aprendida e preservada. Respeitar as variações linguísticas é fundamental, assim como é fundamental escolher a variedade adequada para cada situação.


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