A
partir da leitura dos textos motivadores seguintes e com base nos conhecimentos
construídos ao longo de sua formação, redija um texto
dissertativo-argumentativo em norma padrão da língua portuguesa sobre o tema CULTURA
DO ESTUPRO: A HISTÓRICA VIOLÊNCIA SEXUAL CONTRA A MULHER NO BRASIL, apresentando
proposta de intervenção, que respeite os direitos humanos. Selecione, organize
e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu
ponto de vista.
TEXTO 1
A exploração sexual das índias no início da
colonização da América portuguesa
O reverso da visão
triunfalista de Gandavo, Soares de Souza e Brandão está na violência da
escravidão, na promoção dos massacres indígenas e na exploração sexual das
mulheres. Esses três fenômenos eram frequentemente denunciados pelos jesuítas nas
primeiras décadas do descobrimento do Brasil, pois os religiosos encontraram
grandes dificuldades em suas tentativas de mudar tal padrão de relações baseado
na ganância dos colonos que apenas viam os índios como mão-de-obra a ser
explorada e suas mulheres como objeto de uso sexual.
Ao contrário do
que faz crer certa historiografia, que propaga a ideia primária de que o povo
brasileiro se fez pela união das três raças – branca, negra e índia – de forma
voluntária e igualitária, ele foi em grande parte resultado da exploração
sexual das escravas pelo seu senhor.
MESGRAVIS, Laima; PINSKY,
Carla Bassanezi. O Brasil que os europeus encontraram: a natureza, os
índios, os homens brancos. São Paulo: Contexto, 2000. p. 100-102.
TEXTO 2
TEXTO 3
Eu não
mereço ser estuprada
Nas últimas semanas uma campanha que começou
na internet sacudiu o Brasil: ”Eu não mereço ser estuprada”.
Mas como isso começou? Uma jornalista chamada
Nana Queiroz resolveu criar um evento no Facebook com esse título (“Eu não
mereço se estuprada”) após saber que o Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica
Aplicada) divulgou uma pesquisa mostrando que 65% dos brasileiros concordam,
totalmente ou em partes, que “mulheres que usam roupas que mostram o corpo
merecem ser atacadas”. O evento ganhou milhares de adeptos e, além disso, como
forma de protesto, homens e mulheres começaram a publicar fotos, com pinturas
no corpo e cartazes, apoiando a causa.
Alguns dias depois descobriram um erro no
resultado da pesquisa. A porcentagem correta seria 22% e não 65%.
É um alívio saber que mais da metade da população
não concorda com a tal frase, mas o erro de certa forma foi bom. Porque assim,
um assunto muito importante, que até então era tratado como tabu, veio à tona,
fazendo as pessoas pensarem e se manifestarem.
TEXTO 4
*Pesquisa realizada entre
maio e junho de 2013 em todo o Brasil
Fonte. IPEA/SIPS. Tolerância à violência contra as
mulheres
Nenhum comentário:
Postar um comentário