MODELO DE PROPOSTA DESENVOLVIDO - ESTILO ENEM - 02 - TEXTO E GRAMÁTICA EM PAUTA

segunda-feira, 30 de maio de 2016

MODELO DE PROPOSTA DESENVOLVIDO - ESTILO ENEM - 02

...MAS QUE ROUPA VOCÊ USAVA?

A História comprova que a opressão às mulheres é algo que permeia a sociedade desde épocas remotas. Independente de etnia, de nacionalidade, de profissão ou mesmo de estratificação social, a mulher aparece como um ser submisso, passivo e objetificado por um ideário patriarcal e machista. Foi assim à época do descobrimento do Brasil com as índias. Foi assim à época escravocrata com as negras. Foi assim à época da ditadura com as revolucionárias. E vergonhosamente ainda o é, hoje, em relação a várias mulheres sociedade aqui e afora.
Dentro desse contexto, muitos se chocam com crimes sexuais cometidos na Índia, no Paquistão, no Congo, no Iêmen - países conhecidos mundialmente pelas atrocidades cometidas contra mulheresmas, no Brasil, por exemplo, culpabilizam, muitas vezes, a vítima de estupro em decorrência do lugar onde estava, da roupa que usava e até mesmo do horário em ocorrera o fato, corroborando um famigerado, porém equivocado, cenário para a questão cultural do estupro no Brasil: de que a culpa também é da vítima, mesmo diante de dados estatísticos da Secretária de políticas para as mulheres, de 2015, de que a cada 11 minutos uma mulher é estuprada no Brasil, números deploráveis que colocam o país entre os mais violentos no que tange a crimes sexuais
Em contraponto a um Brasil tão marcado culturalmente por estereótipos que depreciam a imagem feminina, é preciso ações contundentes que possam ressignificar a figura da mulher na sociedade brasileira; logo, a igualdade de gênero aparece como um pontapé inicial nessa tarefa, uma vez que o machismo e o patriarcalismo - associados a um poderio secular de posse do homem sobre a mulher – fomentam a cultura do estupro no Brasil; portanto, urge a criação de políticas públicas voltadas, sobretudo, para o setor educacional a fim de conscientizar os educando quanto à importância de discutir a respeito de temáticass sexuais, posto que a escola é um dos principais ambientes de formação do indivíduo. Em adição a esse emblema, a Lei 12.015/09, que versa sobre os crimes contra a liberdade sexual, também é uma forte aliada no que compete à proteção e à dignidade das vítimas de crimes de natureza sexual no país.
Face ao exposto, faz-se imprescindível extirpar a cultura do estupro no Brasil. Dessa forma, é essencial um trabalho copartícipe dos principais pilares da sociedade: família, escola e Estado. Portanto, cabe à família educar as crianças dentro de preceitos que primem pela igualdade de gêneros, sem distinção de orientação por sexo, contribuindo, assim, para uma construção familiar equânime, em detrimento do patriarcalismo. No que concerne à escola, é essencial que a cultura do estupro seja debatida em seminários e em mesas redondas, principalmente, nas aulas de ciências humanas, como forma de instruir os educando quanto ao combate a toda e qualquer prática incitadora de violência sexual. Ademais, é de responsabilidade do Estado brasileiro, por sua vez, coibir os crimes de ordem sexual, sancionando artigos que endureçam, cada vez mais, a atual legislação que trata de infrações contra a dignidade sexual. Educar e instruir são ações fundamentais para desenraizar a cultura do estupro no Brasil, pois somente o ato de punir é um forte indício de que as raízes desse problema são profundas e talvez inextirpáveis.

TURQUESA: título (É opcional, mas é uma forma de instigar o leitor à leitura do texto)
VERDE BRILHANTE: repertório sociocultural produtivo
VERDE ESCURO: introdução por comparação temporal
VERMELHO: tese
CINZA CLARO: contra-argumento
CINZA ESCURO: retorno à tese
AZUL: expressões de força argumentativa que configuram autoria
LILÁS: dados estatísticos trazem consistência argumentativa ao texto
AMARELO: coesão

ROSA: intervenção

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