COMER,
COMER... NEM SEMPRE É O MELHOR PARA PODER CRESCER
Um
estilo de vida saudável está diretamente associado a uma boa alimentação. Mastigar, engolir e digerir de forma
correta os alimentos são práticas essenciais quando se procura qualidade de
vida. Contudo,
em meados do século
XVIII, com o advento da
Revolução Industrial, o
ritmo de vida ficou mais acelerado. Com uma carga horária exaustiva de trabalho e poucas
horas para as refeições, os funcionários das grandes indústrias não dispunham
de tempo suficiente para se alimentar corretamente, nascia, nesse contexto, o “fast food” - forma mecânica de
alimentação – que, a
princípio, servia apenas como um “combustível” para que as máquinas
humanas voltassem
rapidamente à produção. Tempos depois,
esse meio rápido de se alimentar foi popularizado nos EUA pelos irmãos McDonald’s.
Hoje, um número
significativo de pessoas no mundo vive diariamente à base de refeições
instantâneas: estatística
lamentável que
vai de encontro às práticas saudáveis da boa alimentação.
Sob
essa mesma óptica, é válido ressaltar os efeitos colaterais de uma
alimentação que prioriza celeridade em detrimento de qualidade; as
consequências dessa troca
equivocada vão de obesidade a doenças crônicas como diabetes e
hipertensão. Dados do Ministério da Saúde de 2015, por exemplo, corroboraram um número alarmante de pessoas diagnosticadas no Brasil com câncer de
intestino, patologia ocasionada principalmente pela má ingestão de alimentos,
colocando em alerta a OMS (Organização Mundial de Saúde) para este novo
cenário.
Convém dizer, em contrapartida, que a globalização, o desenvolvimento ou
mesmo a industrialização não podem ser usados como subterfúgios para justificar
uma má alimentação. Não
obstante ao
ritmo acelerado das grandes cidades, é preciso pensar em práticas alimentares e
em atividades mais saudáveis que agreguem mais qualidade ao cotidiano das
pessoas. Apesar do dia a dia corrido, é inaceitável
uma refeição
que se baseie somente em enlatados, em embutidos e em produtos gaseificados.
Em adição a esse emblema, projetos que envolvem exercícios
laborais e um tempo maior para as refeições em grandes empresas vêm dando
resultados positivos na contramão do estresse e da indigestão pós refeições. Ademais, é imprescindível que no Brasil haja políticas públicas
em setores como agricultura, saúde e educação para expandir a cultura da boa
alimentação, partindo de práticas agrícolas cada vez mais livres de agrotóxicos
até a disseminação de uma consciência nutricional entre os brasileiros.
Logo, urge que o Ministério do trabalho e as empresas sejam
copartícipes no combate à obesidade e ao sedentarismo, por meio do
desenvolvimento de projetos laborais que possam qualificar as condições de
trabalho do cidadão brasileiro. Far-se-á, da mesma forma, necessário que o Ministério da saúde, em parceria com as
prefeituras, insira a nutrição como uma das áreas prioritárias nos postos de
saúde municipais, proporcionando à população orientação alimentar, através de
uma dieta balanceada, rica em nutrientes. Cabe à escola, por sua vez, o viés educativo, instruindo os
seus educandos via aulas teóricas de biologia e aulas práticas de educação
física como forma de instigar os alunos sobre a importância de uma boa alimentação.
Todavia, o papel protagonizador, para que a alimentação do brasileiro
possa verdadeiramente mudar, é da alçada do Ministério da agricultura no que
concerne ao combate a práticas agrícolas nocivas a uma alimentação saudável, já que “uma árvore ruim, não poderá
dar bons frutos.”
LEGENDA:
CIANO · Repertório
sociocultural produtivo
VERDE ESCURO· Introdução
por comparação temporal;
VERMELHO · Tese;
CINZA CLARO · Contra-argumento;
CINZA CLARO · Contra-argumento;
CINZA
ESCURO · Retorno
à tese (evita contradições);
AZUL · Expressões
de força argumentativa que configuram autoria;
LILÁS · Dados estatísticos
trazem consistência argumentativa ao texto;
AMARELO · Coesão;
ROSA · Intervenção:
AGENTES 1
(Ministério do trabalho/empresas) AÇÃO 1 (Combater a obesidade e o sedentarismo) COMO? /detalhamento
1 (através de projetos laborais...).
AGENTE 2
(Ministério da Saúde e prefeituras) AÇÃO 2 (inserir a nutrição no
programa saúde da família nos postos municipais) COMO? /detalhamento
2 (proporcionando orientação nutricional à população...)
AGENTE 3
(escola) AÇÃO 3 (instruir os educandos) COMO? / detalhamento
3 (inserindo conteúdos sobre o tema nas aulas teóricas de biologia e
práticas de educação física...)
AGENTE 4
(Ministério da Agricultura) AÇÃO
4 (combater práticas agrícolas nocivas, como os agrotóxicos)
FINALIDADE DA PROPOSTA:
mudança verdadeira nos hábitos alimentares dos brasileiros.
OBSERVAÇÃO¹: o
candidato só chegará ao nível máximo nesta competência, se apresentar, no
mínimo, duas propostas de intervenção, com agentes(QUEM?), ações (O QUÊ?),
detalhamento(COMO?) e uma finalidade geral (PARA QUÊ?)
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