Este espaço foi criado para compartilharmos atividades de língua portuguesa objetivando potencializar competências e habilidades em se tratando de análises textuais e gramaticais.
A
partir da leitura dos textos motivadores seguintes e com base nos conhecimentos
construídos ao longo de sua formação, redija um texto
dissertativo-argumentativo em norma padrão da língua portuguesa sobre o tema CULTURA
DO ESTUPRO: A HISTÓRICA VIOLÊNCIA SEXUAL CONTRA A MULHER NO BRASIL, apresentando
proposta de intervenção, que respeite os direitos humanos. Selecione, organize
e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu
ponto de vista.
TEXTO 1
A exploração sexual das índias no início da
colonização da América portuguesa
O reverso da visão
triunfalista de Gandavo, Soares de Souza e Brandão está na violência da
escravidão, na promoção dos massacres indígenas e na exploração sexual das
mulheres. Esses três fenômenos eram frequentemente denunciados pelos jesuítas nas
primeiras décadas do descobrimento do Brasil, pois os religiosos encontraram
grandes dificuldades em suas tentativas de mudar tal padrão de relações baseado
na ganância dos colonos que apenas viam os índios como mão-de-obra a ser
explorada e suas mulheres como objeto de uso sexual.
Ao contrário do
que faz crer certa historiografia, que propaga a ideia primária de que o povo
brasileiro se fez pela união das três raças – branca, negra e índia – de forma
voluntária e igualitária, ele foi em grande parte resultado da exploração
sexual das escravas pelo seu senhor.
MESGRAVIS, Laima; PINSKY,
Carla Bassanezi. O Brasil que os europeus encontraram: a natureza, os
índios, os homens brancos. São Paulo: Contexto, 2000. p. 100-102.
TEXTO 2
TEXTO 3
Eu não
mereço ser estuprada
Nas últimas semanas uma campanha que começou
na internet sacudiu o Brasil: ”Eu não mereço ser estuprada”.
Mas como isso começou? Uma jornalista chamada
Nana Queiroz resolveu criar um evento no Facebook com esse título (“Eu não
mereço se estuprada”) após saber que o Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica
Aplicada) divulgou uma pesquisa mostrando que 65% dos brasileiros concordam,
totalmente ou em partes, que “mulheres que usam roupas que mostram o corpo
merecem ser atacadas”. O evento ganhou milhares de adeptos e, além disso, como
forma de protesto, homens e mulheres começaram a publicar fotos, com pinturas
no corpo e cartazes, apoiando a causa.
Alguns dias depois descobriram um erro no
resultado da pesquisa. A porcentagem correta seria 22% e não 65%.
É um alívio saber que mais da metade da população
não concorda com a tal frase, mas o erro de certa forma foi bom. Porque assim,
um assunto muito importante, que até então era tratado como tabu, veio à tona,
fazendo as pessoas pensarem e se manifestarem.
A
História comprova que a opressão às mulheres é algo que permeia a sociedade
desde épocas remotas. Independente de etnia, de nacionalidade, de profissão ou
mesmo de estratificação social, a mulher aparece como um ser submisso, passivo
e objetificado por um ideário patriarcal e machista. Foi assim à época do descobrimento
do Brasil com as
índias. Foi assim à
época escravocrata com
as negras.Foi assim à época da ditadura com as revolucionárias. E vergonhosamente ainda o é, hoje, em relação a
várias mulheres sociedade aqui e afora.
Dentro desse contexto, muitos se chocam com crimes sexuais cometidos na Índia, no
Paquistão, no Congo, no Iêmen - países conhecidos mundialmente pelas
atrocidades cometidas contra mulheres – mas, no Brasil, por exemplo, culpabilizam, muitas vezes, a vítima
de estupro em decorrência do lugar onde estava, da roupa que usava e até mesmo
do horário em ocorrera o fato, corroborando um famigerado, porémequivocado, cenário para a questão cultural do estupro no Brasil:
de que a culpa também é da vítima, mesmo diante de dados estatísticos da Secretária de políticas para as
mulheres, de 2015, de que a cada 11 minutos uma mulher é estuprada no Brasil,
números deploráveis que colocam o país entre os
mais violentos no que tange a crimes sexuais
Em contrapontoa um Brasil tão marcado culturalmente por estereótipos
que depreciam a imagem feminina, é preciso ações contundentes que possam
ressignificar a figura da mulher na sociedade brasileira; logo, a igualdade de
gênero aparece como um pontapé inicial nessa tarefa,uma vez queo machismo e o
patriarcalismo - associados a um poderio secular de posse do homem sobre a
mulher – fomentam a cultura do estupro no Brasil;portanto, urge a criação
de políticas públicas voltadas, sobretudo, para o setor educacional a fim de conscientizar os educando quanto à
importância de discutir a respeito de temáticass sexuais, posto que a escola é um
dos principais ambientes de formação do indivíduo. Em adição a esse emblema, a Lei 12.015/09, que versa sobre
os crimes contra a liberdade sexual, também é uma forte aliada no que compete à
proteção e à dignidade das vítimas de crimes de natureza sexual no país.
Face ao exposto, faz-seimprescindívelextirpar
a cultura do estupro no Brasil.Dessa forma, é essencial um trabalho copartícipe dos principais
pilares da sociedade: família, escola e Estado. Portanto,cabe à família educar as crianças dentro de preceitos
que primem pela igualdade de gêneros, sem distinção de orientação por sexo,
contribuindo,assim,para uma construção
familiar equânime, em detrimento do patriarcalismo. No que concerne à escola, é
essencial que a cultura do estupro seja debatida em seminários e em mesas
redondas, principalmente, nas aulas de ciências humanas, como forma de instruir
os educando quanto ao combate a toda e qualquer prática incitadora de violência
sexual. Ademais,
é de responsabilidade do
Estado brasileiro,por
sua vez, coibir
os crimes de ordem sexual, sancionando artigos que endureçam, cada vez mais, a atual legislação que trata
de infrações contra a dignidade sexual. Educar e instruir são ações
fundamentaisparadesenraizar a cultura do
estupro no Brasil,
poissomente o
ato de punir é um forte indício de que as raízes desse problema são profundas e
talvez inextirpáveis.
TURQUESA: título (É opcional, mas é uma forma de instigar o leitor à leitura
do texto)
A partir da leitura dos textos motivadores
seguintes e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação,
redija um texto dissertativo-argumentativo em norma padrão da língua portuguesa
sobre o tema MOBILIDADE
URBANA: O DIREITO À ACESSIBILIDADE NO BRASIL, apresentando proposta de intervenção, que respeite os direitos
humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos
e fatos para defesa de seu ponto de vista.
TEXTO 1
LEI 12.587/12
A Mobilidade
urbana é uma das prioridades da pauta de planejamento das cidades modernas. Os
gestores públicos precisam enfrentar o desafio de apresentar soluções para o
tráfego de 3,5 milhões de novos veículos que, a cada ano, passam a circular
pelas vias urbanas do país, além da frota atual de 75 milhões.
A Lei
12.587/12, conhecida como Lei da Mobilidade Urbana, determina aos municípios a
tarefa de planejar e executar a política de mobilidade urbana que passou a
exigir que os municípios com população acima de 20 mil habitantes, além de
outros, elaborem e apresentem plano de mobilidade urbana, com a intenção de
planejar o crescimento das cidades de forma ordenada. A Lei determina que estes
planos priorizem o modo de transporte não motorizado e os serviços de
transporte público coletivo.
A construção
de um Brasil melhor dependerá, sem dúvida, do desenvolvimento de políticas
públicas para melhorar a qualidade de vida da população brasileira
“O direito à cidade está ligado à
possibilidade que os diversos grupos sociais têm de se deslocarem pelos centros
urbanos. Os serviços públicos essenciais, como saúde e educação, bem como o
lazer e a cultura, são direitos constitucionais. O acesso aos locais de
trabalho aparece como uma necessidade fundamental dos trabalhadores. Pode-se
perceber, assim, que a utilização desses serviços está ligada à possibilidade
que essas pessoas têm de chegar aos locais em que são oferecidos. É necessário
se deslocar à escola, ao centro de saúde, ao cinema, ao teatro, ao local de
trabalho etc. O debate sobre a mobilidade urbana versa, dessa forma, sobre a
garantia de condições necessárias à utilização dos serviços, como também sobre
os obstáculos a essa utilização.”
A Lei
de Mobilidade Urbana define como transporte público individual aquele “aberto
ao público”. Serviços como o Uber possuem natureza diversa daquele prestado por
táxis, principalmente por não ser aberto ao público, uma vez que é realizado
segundo a autonomia da vontade do motorista.
Mas há,
sem dúvidas, espaço para que todos prestem serviços de transporte individual,
público e privado. Em regra, o mercado só cresce se há espaço, se existe
demanda. E o crescimento de serviços de transporte alternativo ao dos táxis
revela que existe mercado para isso. Não devemos prestigiar a reserva de
mercado, tampouco impedir o avanço tecnológico que beneficia os cidadãos e lhes
assegura o direito constitucional de ir e vir. Portanto, o Uber anda na “mão
única” em relação à mobilidade urbana e não na “contramão.”
Comprovada última parte que falta da Teoria da Relatividade de Albert
Einstein
Cientistas
provaram a existência das ondas gravitacionais, mostrando que um corpo com
massa quando é acelerado pode deformar o tecido do espaço-tempo
Um
marco para a física e para a astronomia: cientistas de vários países anunciaram
nesta quinta-feira ter detectado ondas gravitacionais, ondulações do
espaço-tempo que foram previstas por Albert Einstein há um século. Dois buracos
negros se chocaram há 1,3 bilhão de anos. O cataclismo lançou estas ondas em
todas as direções até que chegaram à Terra no dia 14 de setembro, quando foram
captadas por instrumentos instalados nos Estados Unidos, informaram cientistas
durante uma coletiva de imprensa em Washington. — Nós detectamos ondas
gravitacionais. Nós conseguimos — afirmou David Reitze, diretor do projeto,
durante a entrevista coletiva. O que os pesquisadores do projeto Observatório
de Ondas Gravitacionais por Interferômetro Laser (Ligo, na sigla em inglês)
encontraram foram distorções no espaço e no tempo causadas por esses dois
buracos negros com massas enormes se fundindo em um só. Além de detectar as
ondas gravitacionais, cientistas do Ligo também mediram as massas e as
distâncias dos buracos negros que o formaram. — Este passo marca o nascimento
de um domínio inteiramente novo da astrofísica, comparável ao momento em que
Galileu apontou pela primeira vez seu telescópio ao céu no século XVII — disse
France Cordova, diretora da Fundação Nacional Americana de Ciências (National
Science Foundation), que financia o laboratório Ligo.
1. Considerando a natureza do tema, a forma
como está apresentado e o meio pelo qual é veiculado o texto, percebe-se que
seu principal objetivo é
A.Marcar um domínio novo na astrofísica
B.Retificar a Teoria da Relatividade de Albert
Einstein
C.Anunciar mais uma descoberta no campo da
física
D. Comparar as descobertas de Einstein às de
Galileu
E.
Referendar prognósticos acerca da teoria einsteinana
2. Analisando o uso do modo indicativo em “—
Nós detectamos ondas gravitacionais.”, o enunciado denota
A. hipótese
B. convicção
C. persuasão
D. conjecturas
E. convencimento
3. Na
passagem, “mostrando que um corpo com massa quando é acelerado pode deformar o tecido do espaço-tempo...” o
trecho destacado aponta simultaneamente para
A.
um elemento modal e restritivo
B.
um elemento temporal e espacial
C.
um elemento espacial e restritivo
D.
um elemento espacial e circunstancial
E.
um elemento temporal e circunstancial
TEXTO 2
—
Representamos uma comédia, na qual ambos desempenhamos o nosso papel com
perícia consumada. Podemos ter este orgulho, que os melhores atores não nos
excederiam. Mas é tempo de pôr termo a esta cruel mistificação, com que estamos
escarnecendo mutuamente, senhor. Entremos na realidade por mais triste que ela
seja; e resigne-se cada um ao que é: eu, uma mulher traída; o senhor, um homem
vendido.
—
Vendido! exclamou Seixas ferido dentro d’alma.
—
Vendido sim: não tem outro nome. Sou rica, muito rica, sou milionária;
precisava de um marido, traste indispensável às mulheres honestas. O senhor
estava no mercado; comprei-o. Custou-me cem contos de réis, foi barato; não se
fez valer. Eu daria o dobro, o triplo, toda a minha riqueza por este momento.
José de Alencar,
SENHORA. Cap. XIII
4. Apesar da submissão ser uma característica
das mulheres do século XIX, o texto aponta divergências desse aspecto que são
evidenciadas principalmente pelas marcas discursivas em
A. “Sou
rica, muito rica, sou milionária;”
B.“O senhor estava no mercado; comprei-o.”
C.“...eu, uma mulher traída; o senhor, um homem
vendido.
D.“Eu daria o dobro, o triplo, toda a minha
riqueza por este momento.”
E.“...precisava de um marido, traste
indispensável às mulheres honestas. “
5. O texto 3 objetiva advertir o leitor
quanto às mudanças no panorama educacional nos últimos tempos. A estratégia de argumentação
para comprovar essa realidade baseia-se
A. Nos
índices de analfabetismo
B. Na
falta de escolaridade da população
C. Na
ineficácia dos atuais métodos de ensino
D. Na
necessidade de agregar a tecnologia à aprendizagem
E. No
prejuízo que a tecnologia trouxe ao processo de ensino
TEXTO
4
Sertão,
argúem te cantô,
Eu
sempre tenho cantado
E ainda
cantando tô,
Pruquê,
meu torrão amado,
Munto
te prezo, te quero
E vejo
qui os teus mistéro
Ninguém
sabe decifrá.
A tua
beleza é tanta,
Qui o
poeta canta, canta,
E inda
fica o qui cantá.
Patativa do Assaré. Eu e o sertão - Cante lá que eu canto Cá -
Filosofia de um trovador nordestino - Ed.Vozes, Petrópolis, 1982
6.A língua varia no tempo, no espaço e em
diferentes classes socioculturais. O texto 4 exemplifica essa característica,
evidenciando que
I.As variações linguísticas acontecem porque
vivemos em uma sociedade
multicultural, na qual estão inseridos diferentes grupos sociais.
II.A língua varia de acordo com suas situações
de uso e de acordo com as necessidade de adequação linguística.
III.A variação dialetal caracteriza todo o texto,
salientando marcas regionais e sociais do discurso.
IV. As
variantes que compõem o texto são desprivilegiadas e passíveis de preconceito
linguístico.
7.Embora retratem mulheres em épocas distintas,
os texto 5 e 6 têm em comum quanto ao eixo-temático
A.O naturalismo que influenciou a arte no
século XX
B.Uma observação da realidade no tocante ao
feminismo
C.Uma visão idealizada dos referenciais de
beleza femininos
D.A impressão da beleza feminina a partir de
uma padronização
E.A expressão de valores subjetivos em
detrimento de uma aparência externa
TEXTO 7
Fosfoetanolamina: sancionada lei que libera pílula do câncer
Anvisa via com
preocupação liberação sem garantia de eficácia e segurança.
A
sanção da lei número 13.269, de 13 de abril de 2016, foi publicada no Diário
Oficial da União desta quinta-feira (14). O artigo 1º destaca que esta Lei
autoriza o uso da substância fosfoetanolamina sintética por pacientes
diagnosticados com neoplasia maligna. O artigo 2º ressalta, porém, que só
poderão fazer uso da fosfoetanolamina sintética, por livre escolha, os
pacientes que apresentarem laudo médico que comprove o diagnóstico, assinatura
de termo de consentimento e responsabilidade pelo paciente ou seu representante
legal.
Os
primeiros relatórios sobre as pesquisas financiadas pelo governo federal
apontaram que as cápsulas têm uma concentração de fosfoetanolamina menor do que
era esperado e que somente um dos componentes da cápsula – a monoetanolamina –
apresentou atividade citotóxica e antiproliferativa, ou seja, capacidade de
destruir células tumorais e de inibir seu crescimento.
A
fosfoetanolamina sintética começou a ser estudada no Instituto de Química da
USP em São Carlos, pelo pesquisador Gilberto Chierice, hoje, aposentado. Apesar
de não ter sido testada cientificamente em seres humanos, as cápsulas foram
entregues de graça a pacientes com câncer por mais de 20 anos.
8.O texto apresenta considerações sobre a
Fosfoetanolamina sintética, substância que pode ter função antitumoral e ação
antiproliferativa. Em termos gerais, é possível dizer que
A.Ela poderá ser administrada em pacientes
diagnosticados com neoplasia
B.A partir da Lei, a Fosfoetanolamina sintética será usada no
combate ao câncer
C.O uso da Fosfoetanolamina sintética será
exclusivo para pacientes com pouca expectativa de vida
D.O artigo 2º da Lei 13.269 responsabiliza o
paciente pelo tratamento a partir do uso da Fosfoetanolamina sintética
E.Os estudos acerca da Fosfoetanolamina
sintética são paliativos, garantindo apenas uma sobrevida a pacientes
portadores de neoplasia maligna.
9.O contra-argumento à eficácia da
Fosfoetanolamina sintética fica mais evidente no fragmento
A.“O artigo 2º ressalta, porém, que só poderão
fazer uso da fosfoetanolamina sintética, por livre escolha, os pacientes que
apresentarem laudo médico...
B.“...as cápsulas têm uma concentração de
fosfoetanolamina menor do que era esperado...”
C.“...somente um dos componentes da cápsula – a
monoetanolamina – apresentou atividade citotóxica e antiproliferativa...”
D.“A fosfoetanolamina sintética começou a ser
estudada no Instituto de
Química da USP em São Carlos,
pelo pesquisador Gilberto Chierice...”
E. “Apesar
de não ter sido testada cientificamente em seres humanos, as cápsulas foram
entregues de graça a pacientes com câncer por mais de 20 anos.”
TEXTO 8
TEXTO 9
10.Os dois textos publicitários acima defendem o
fim da violência nos estádios. Isso se evidencia
I.Predominantemente pelo forte apelo metafórico
da linguagem não-verbal
II.Pela construção das orações de base
enunciativa afirmativa em ambas as imagens
III.Pela antítese ideológica marcada pelos
vocábulos PAZ e GUERRA
IV.Pela analogia semântica, respectivamente, à
morte (em 8) e a campo de guerra (Em 9)
Com base na leitura dos
textos motivadores a seguir e nos conhecimentos construídos ao longo de sua
formação, redija um texto dissertativo-argumentativo em norma culta da língua
portuguesa sobre o tema OS ATUAIS
DESAFIOS DA SAÚDE PÚBLICA NO BRASIL. Apresentando proposta de intervenção
que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione argumentos e
fatos para a defesa de seu ponto de vista.
TEXTO 1
Brasil
vive tríplice epidemia de vírus transmitidos pelo Aedes aegypt
Com 91 mil casos de
Zika, 802 mil de dengue e 39 mil de chikungunya, o Brasil vive desde 2015 uma
epidemia das três doenças transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti.
“O Brasil vive uma tríplice epidemia dos três arbovírus. Ano passado já
vivíamos e ela continua”, disse hoje (26) o diretor do Departamento de
Vigilância de Doenças Transmissíveis do Ministério da Saúde, Cláudio
Maierovitch. Com relação à dengue, em janeiro e em fevereiro deste ano o número
de casos foi 50% maior que no mesmo período de 2015. Ao todo, foram registrados
este ano802.429
casosprováveis de dengue,
com 140 mortes.
Foram registrados91.387 casosprováveis
de infeção pelo vírus Zika de fevereiro - quando a doença começou a ter a notificação
obrigatória - até 2 de abril. Desse total, 7.584 gestantes tiveram
provável infeção e em 2.844 grávidas o vírus Zika foi confirmado. O Ministério
da Saúde ressalta que nem todas as gestantes infectadas terão filhos com microcefalia,
malformação em bebês provocada pelo vírus.
Este ano, até 2 de abril, foram notificados
39.017 casos prováveis de chikungunya. Todos os estados do país registraram
casos suspeitos da doença. No mesmo período de 2015, foram 7.412 infecções.
Até agora, as mortes por chikungunya em 2016
foram seis, mas os casos estão sendo investigadas para saber se há outros
fatores associados, já que, a princípio, a doença tem poucos riscos de
mortalidade.
Dezoito municípios cearenses se destacam no combate à dengue
Em 2015, 12
municípios cearenses não tiveram casos confirmados de dengue. Outros seis só
tiveram casos "importados" da doença
As estratégias desses 18 municípios para enfrentar o
segundo maior surto da doença na série histórica que se iniciou em 1986 (o
maior foi em 2011) variaram do uso de armadilhas artesanais até o envolvimento
de estudantes na fiscalização de possíveis focos criadouros do Aedes.
Um exemplo de experiência simples, mas bem sucedida, foi
adotada por Pedra Branca (a 261 km de Fortaleza). O município se inspirou em
medidas adotadas pelo médico sanitarista Osvaldo Cruz, que erradicou a febre
amarela no Rio de Janeiro, no início do século XX. De acordo com o coordenador
de Vigilância Sanitária e Endemias de Pedra Branca, Antônio Alves da Silva,
foram espalhadas pelo município 160 ovitrampas (armadilhas). Ele explica que
essa armadilha consiste em um balde preto (cor que atrai o mosquito), onde se
coloca uma paleta, que é tirada de forma semanal. “Não encontramos nenhum ovo
do mosquito no município já há um bom tempo”. Além disso, 25 agentes visitam
todos os imóveis pelo menos uma vez por mês.
Com essas medidas, Pedra Branca é um dos oito municípios
cearenses com Índice de Infestação Predial (IIP) igual a zero, de acordo com o
último boletim epidemiológico da SESA. “Outra medida foi o telamento de caixas
d’água com gesso ao redor, uma das maiores ajudas nesse combate, porque você
elimina focos aéreos e pode se concentrar nos focos em nível do solo”,
acrescenta Silva. As caixas recebem ainda o peixe beta, animal que se alimenta
das larvas do Aedes.
Campanha nacional de vacinação de gripe termina com meta alcançada
Meta do Ministério da Saúde era vacinar pelo
menos 80% do público-alvo.
Estados e municípios podem manter vacinação.
A campanha nacional de vacinação
contra a influenza terminou nesta sexta-feira (20) com 81,5% das 49,8 milhões
de pessoas que fazem parte do público-alvo vacinadas. A meta do Ministério da
Saúde era vacinar pelo menos 80%.
Até agora, 11 estados e Distrito
Federal já alcançaram a meta de vacinar 80% da população prioritária: RO (88%);
AP (89,7%); PI (82,6%); AL (81,3%); MG (82,7%); ES (90,4%); SP (90,9%); PR
(85,8%); SC (87,4); RS (84,8%); GO (84,1%); DF (92,3%).
“Embora o encerramento da campanha esteja programado para esta sexta, os
estados que ainda não alcançaram a meta, ou ainda possuírem doses disponíveis,
podem seguir vacinando a população prioritária”, explicou em nota o
secretário de Vigilância em Saúde do ministério, Antonio Nardi.
A vacina disponibilizada pelo SUS protege contra os três subtipos
do vírus da gripe determinados pela Organização Mundial de Saúde (OMS) para
este ano (A/H1N1, A/H3N2 e Influenza B).
A vacina é destinada a alguns
grupos prioritários: pessoas a partir de 60 anos, crianças de seis meses a
menores de cinco anos, trabalhadores de saúde, povos indígenas, gestantes,
mulheres que deram à luz há menos de 45 dias, pessoas privadas de liberdade,
funcionários do sistema prisional e pessoas portadoras de doenças crônicas e
outras doenças que comprometam a imunidade.
Neste ano, até 9 de maio, de acordo
com último balanço do Ministério, foram registrados 2.808 casos de influenza de
todos os tipos no Brasil. Deste total, 2.375 são de influenza A (H1N1), sendo
470 óbitos, com registro de um caso importado - em que o vírus foi contraído em
outro país.
A partir da leitura dos textos motivadores
seguintes e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação,
redija um texto dissertativo-argumentativo em norma padrão da Língua Portuguesa
sobre o tema A MÁ ALIMENTAÇÃO DO
BRASILEIRO: UM HÁBITO QUE PRECISA MUDAR, apresentando proposta de
intervenção, que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione,
de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de
vista.
Alimentação
dos brasileiros tem excesso de gorduras, segundo Ministério da Saúde
O aparecimento
precoce de doenças crônicas tem deixado a população em alerta. No Dia Nacional
de Combate ao Colesterol, comemorado nesta segunda-feira (8), o Ministério da
Saúde chama a atenção da população para o elevado consumo de gorduras,
especialmente por jovens. A Organização Mundial de Saúde (OMS) e sociedades
médicas recomendam ingestão diária de colesterol inferior a 300 mg (miligramas)
para a população em geral e menor que 200 mg para pessoas com histórico de doenças
cardíacas
“Na
atenção às doenças crônicas, além desse papel central que a alimentação
desempenha, também deve ser promovido todo o modo de vida saudável, que inclui
a redução do sedentarismo por meio da promoção de práticas corporais e
atividades físicas e a redução do tabagismo e do consumo excessivo de álcool,
entre outros fatores de risco”, destaca a
coordenadora nacional de Alimentação e Nutrição do Ministério da Saúde,
Patrícia Jaime.
Por mais que
você faça esforço para acordar cedo e escolher as mais vistosas verduras e
frutas da feira orgânica do bairro, os agrotóxicos, ou defensivos agrícolas (como
prefere a indústria do setor) estão por toda a parte no Brasil. Um dossiê de
2012 da ABRASCO ( Associação Brasileira de Saúde Coletiva) aponta que, dos 50
produtos mais utilizados nas lavouras brasileiras, 22 são proibidos na União
Europeia, o que faz com que o país seja o maior consumidor de agrotóxicos já
banidos em outros locais do mundo, de acordo com a entidade.
As
consequências? Em 2011, uma pesquisa da Universidade Federal do Mato Grosso em
parceria com a Fundação Oswald Cruz comprovou que até mesmo o leite materno
pode conter resíduos de agrotóxicos. O estudo coletou amostras em mulheres do
município de Lucas do Rio Verde (MT), um dos maiores produtores de soja do
país. Em 100% delas foi encontrado ao menos um tipo de princípio ativo do
endosulfan – agrotóxico que causa distúrbios hormonais e aumenta o risco de
câncer. Em algumas, até seis. E em 70% das amostras, o endosulfan estava
presente.
Revista
Superinteressante/dezembro de 2013. Química: somos campeões no consumo de
agrotóxicos condenados em outros países.
Texto 4
Oferecer alimentação pode impactar positivamente na
produtividade do trabalhador
As empresas que têm interesse em oferecer alimentação para seus
funcionários podem aderir ao Programa de Alimentação do Trabalhador (PAT),
promovido pelo governo federal e que tem o objetivo de melhorar a qualidade de
vida dos trabalhadores. Para estimular os empresários, o programa oferece
incentivos para aqueles que fornecerem refeições no local de trabalho ou
alimentação em outras modalidades.
A
medida pode impactar diretamente no resultado da empresa, pois o número correto
de refeições gera mais resistência física, melhora a capacidade de
concentração, reduz o risco de doenças relacionadas aos hábitos alimentares e
pode até mesmo diminuir o número de faltas.
De
acordo com Carlos Walter Martins, coordenador do Conselho Temático de Relações
do Trabalho da Fiep, a indústria tem investido não apenas em equipamentos, mas
também em boas condições de trabalho. “Além
da carreira e dos ganhos, os trabalhadores têm os acessórios, e um
importantíssimo é a questão da alimentação. Poder proporcionar esse benefício
ao funcionário é muito importante para a indústria, que tem oferecido condições
de trabalho cada vez melhores”, ressalta.