A partir da leitura dos textos
motivadores seguintes e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua
formação, redija texto um dissertativo-argumentativo em norma padrão da língua
portuguesa sobre o tema A CORRUPÇÃO NA
POLÍTICA COMO ELEMENTO PREJUDICIAL À SOCIEDADE BRASILEIRA, apresentando
proposta de intervenção, que respeite os direitos humanos. Selecione, organize
e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu
ponto de vista.
TEXTO
1
Política
e politicalha não se confundem, não se parecem, não se relacionam uma com a
outra. Antes se negam, se repulsam mutuamente. A política é a arte de gerir o
estado, segundo princípios definidos, regras morais, leis escritas ou tradições
respeitáveis. A politicalha é a indústria de explorar a benefício de interesses
pessoais. Constitui a política uma função, ou conjunto das funções do organismo
nacional, é o exercício normal das forças de uma nação consciente e senhora de
si mesma. A politicalha, pelo contrário, é o envenenamento crônico dos povos
negligentes e viciosos pela contaminação de parasitas inexoráveis. A política é
a higiene dos países moralmente sadios. A politicalha, a malária dos povos de
moralidade estragada.
Rui Barbosa. Antropologia.
TEXTO 2
TEXTO 3
No Brasil, a corrupção teria suas origens ou poderia ter sido
intensificada pelas características de nossa própria história política. A corte
portuguesa, por exemplo, quando transferida para o Brasil com a vinda de D.
João VI em 1808, era caracterizada por diversas relações de favorecimento e
compromissos entre os nobres e a burocracia estatal que os acompanhavam.
Segundo pensadores como Raimundo Faoro, as relações de patrimonialismo,
clientelismo e nepotismo daquela época tornaram-se intrinsecamente vinculadas
às práticas políticas do Brasil atual.
Hoje, é muito comum associarmos a corrupção aos políticos:
deputados, senadores, vereadores, prefeitos etc. Não é à toa, afinal de contas
quase todos os dias os jornais e a TV apresentam denúncias do uso de recursos
públicos e verbas para o favorecimento pessoal. Segundo a organização Transparência Internacional, o Brasil é o 73º país
mais corrupto do mundo. O mais curioso é que, apesar da percepção generalizada
sobre o problema, a discussão sobre as causas e as possíveis soluções ainda é
insuficiente ou superficial. E muito pouco se fala sobre atos cotidianos que
também podem ser considerados corruptos como sonegar imposto ou dar uma gorjeta
para o garçom esperando sentar na melhor mesa do restaurante. É preciso fazer
uma assepsia na política brasileira, mas o cidadão deve fazê-la de mãos limpas.
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