“A gente corre o risco de chorar um pouco quando se deixa
cativar.”
O pequeno príncipe, Antoine
de Saint-Exupéry.
O título original é Le Petit Prince, publicado
pela primeira vez em 1943 nos Estados Unidos, O Pequeno Príncipe é o terceiro
livro mais traduzido do mundo, contabilizando aproximadamente mais de 160
idiomas, e um dos mais vendidos por todo o planeta.
Agora, você responderá às questões sobre essa
história de amizade e de aventura que há 70 anos encanta gerações por todo o
mundo.
·
Capítulo I. págs. 07 e 08.
Certa vez, quando tinha seis anos, vi num livro
sobre a Floresta Virgem, "Histórias Vividas", uma impressionante
gravura. Ela representava uma jiboia engolindo um animal. Eis a cópia do
desenho.
Dizia o livro: "As jiboias engolem, sem
mastigar, a presa inteira. Em seguida, não podem se mover e dormem os seis
meses da digestão."
Refleti muito sobre as aventuras da selva e
fiz, com lápis de cor, o meu primeiro desenho. Meu desenho número 1 era assim:
Mostrei minha obra prima às pessoas grandes e
perguntei se o meu desenho lhes dava medo.
Respondera-me: "Por que um chapéu daria
medo?"
Meu desenho não representava um chapéu.
Representava uma jiboia digerindo um elefante. Desenhei então o interior da
jiboia, a fim de que as pessoas grandes pudessem entender melhor. Elas têm
sempre necessidade de explicações detalhadas. Meu desenho número 2 era assim:
As pessoas grandes aconselharam-me deixar de
lado os desenhos de jiboias abertas ou fechadas, e me dedicar, de preferência,
à geografia, à história, ao cálculo, à gramática. Foi assim que abandonei, aos
seis anos, uma promissora carreira de pintor.
(...)
1.
A
obra O Pequeno Príncipe mostra,
principalmente, como adultos e crianças veem a vida de maneiras diferentes.
a)
Transcreva,
portanto, do texto uma passagem que mostre essa diferença de pensamento.
b)
Retire
do capítulo o trecho em que o autor faz uma crítica à forma de entender o mundo
por parte dos adultos.
c)
É
preciso que os adultos entendam a lógica das crianças. Essa compreensão do
mundo por parte das crianças foi respeitada no texto? Explique.
·
Capítulo II. Págs. 09 a 12.
Vivi portanto só, sem alguém com quem pudesse
realmente conversar, até o dia, cerca de seis anos atrás, em que tive uma pane
no deserto do Saara. Alguma coisa se quebrara no motor. E como não tinha comigo
mecânico ou passageiro, preparei-me para executar sozinho aquele difícil
conserto.
Na primeira noite adormeci sobre a areia, a
quilômetros e quilômetros de qualquer terra habitada. Estava mais isolado que o
náufrago num bote perdido no meio do oceano. Imaginem vocês a minha surpresa,
quando, ao despertar do dia, uma vozinha estranha me acordou. Dizia:
- Por favor... desenha-me um carneiro!
(...)
Levantei-me num salto...esfreguei bem os
olhos...e vi aquele homenzinho extraordinário que me observava seriamente.
(...)
Como jamais houvesse desenhado um carneiro,
refiz para ele um dos dois únicos desenhos que sabia. O da jiboia fechada. E
fiquei surpreso de ouvir o garoto replicar:
- Não! Não! Eu não quero um elefante numa
jiboia. A jiboia é perigosa e o elefante toma muito espaço. Tudo é pequeno onde
eu moro. Preciso é dum carneiro.
Desenha-me um carneiro.
Então eu desenhei.
2.
Releia:
“...refiz para ele um dos dois únicos
desenhos que sabia. O da jiboia fechada(...) - Não! Não! Eu não quero um
elefante numa jiboia.”
a)
Por
que o principezinho não teve nenhuma dificuldade para compreender o desenho que
lhe fora mostrado?
b)
Explique
o porquê do “desenhista” ter ficado tão surpreso com a resposta do Pequeno
Príncipe.
·
Capítulo IV. p. 16.
Tenho sérias razões para supor que o planeta de
onde vinha o príncipe era o asteroide B 612. Esse asteroide só foi visto uma
vez ao telescópio, em 1909, por um astrônomo turco.
Ele fizera na época uma grande demonstração da
sua descoberta num Congresso Internacional de Astronomia. Mas ninguém lhe dera
crédito, por causa das roupas que usava. As pessoas grandes são assim.
Felizmente para a reputação do asteroide B 612,
um ditador turco obrigou o povo, sob pena de morte, a vestir-se à moda
europeia. O astrônomo repetiu sua demonstração em 1920, numa elegante casaca.
Então, dessa vez, todo o mundo se convenceu.
3.
“Mas ninguém lhe dera crédito, por causa
das roupas que usava. As pessoas grandes são assim.”
a)
Que
julgamento o principezinho faz a respeito das pessoas grandes quando diz: “As pessoas grandes são assim.”
b)
Antes,
o astrônomo turco não fora levado a sério. Depois, que fato motivou a confiança
das pessoas sobre a descoberta dele?
c)
Transcreva
do trecho duas passagens que comprovem o quanto as pessoas se impressionam com um
mundo de aparências.
·
Capítulo IV. p.17
Se lhes dou esses detalhes sobre o asteroide B
612 e lhes confio o seu número, é por causa das pessoas grandes. As pessoas
grandes adoram os números. Quando a gente lhes fala de um novo amigo, elas
jamais se informam do essencial. Não perguntam nunca: "Qual é o som da sua
voz? Quais os brinquedos que prefere? Será que coleciona borboletas?" Mas
perguntam: "Qual é sua idade? Quantos irmãos ele tem? Quanto pesa? Quanto
ganha seu pai?" Somente então é que elas julgam conhecê-lo. Se dizemos às
pessoas grandes: "Vi uma bela casa de tijolos cor-de-rosa, gerânios na
janela, pombas no telhado..." elas não conseguem, de modo nenhum, fazer
uma ideia da casa. É preciso dizer-lhes: "Vi uma casa de seiscentos
contos". Então elas exclamam: "Que beleza!"
4.
“Quando a gente lhes fala de um novo
amigo, elas jamais se informam do essencial.”
a)
Segundo
o Pequeno príncipe, o que seria esse elemento essencial?
b)
“Somente então é que elas julgam
conhecê-lo.” De acordo
com o pensamento do principezinho, quando as pessoas grandes passam a ter
interesse umas pelas outras? Retire do texto uma frase que comprove sua
resposta.
c)
Uma
das definições de arte é a de que a
beleza artística está nos olhos de quem vê; portanto, transcreva do exemplo
acima duas passagem que demonstrem como crianças e adultos pensam de forma
contrária.
·
Capítulo V. págs. 19 a 22.
- Os baobás, antes de crescer, são pequenos.
(...)
Com efeito, no planeta do principezinho havia,
como em todos os outros planetas, ervas boas e más. Consequentemente, sementes
boas, de ervas boas; sementes más, de ervas más. (...) Se é de roseira ou
rabanete, podemos deixar que cresça à vontade. Mas quando se trata de uma
planta ruim, é preciso arrancar logo, mal a tenhamos conhecido.
Ora, havia sementes terríveis no planeta do
principezinho: as sementes de baobá... O solo do planeta estava enfestado. E um
baobá, se a gente custa a descobri-lo, nunca mais se livra dele
E digo portanto: "Crianças! Cuidado com os
baobás!"
5.
O baobá é uma árvore de
origem africana que vive muitos anos. Uma das suas principais características é
possuir um tronco muito grosso que pode alcançar até 15m de diâmetro.
a)
Por
que os baobás eram perigosos para o planeta do Pequeno Príncipe?
b)
“- Os baobás, antes de crescer, são
pequenos.” Os baobás,
mesmo pequenos, já eram perigosos. Justifique com uma passagem do texto.
c)
Transcreva
do capítulo uma frase em que o autor concorda com a ideia de que “O mal se
corta pela raiz.”
d)
"Crianças! Cuidado com os
baobás!" Cite, na
sua opinião, dois sentimentos que poderiam ser sinônimos de baobá na vida real.
·
Capítulo VIII. p. 28 a 31
Logo aprendi a conhecer melhor aquela flor.
(...)
O principezinho, que assistia ao surgimento de
um enorme botão, pressentiu que sairia uma aparição miraculosa; mas a flor
parecia nunca acabar de preparar sua beleza, no seu verde aposento. Escolhia as
cores com cuidado. Vestia-se lentamente, ajustava uma a uma suas pétalas. Não
queria sair, como os cravos, amarrotada. Ela queria aparecer no esplendor da
sua beleza. Ah! Sim. Era vaidosa. E eis que numa bela manhã, justamente à hora
do sol nascer, ela se mostrou.
E ela, que se preparava com tanto esmero,
disse, bocejando:
- Ah! Eu acabo de despertar... Desculpa...
Estou ainda toda despenteada...
O principezinho, então, não pôde conter o seu
espanto:
- Como és bonita!
O principezinho percebeu logo que a flor não
era modesta. Mas era tão envolvente!
Tu poderias cuidar de mim...
E o principezinho, embaraçado, fora buscar um
regador com água fresca, e
servira à flor.
Mas, ela o afligira logo com sua mórbida
vaidade.
(...)
Confessou-me ainda:
"Não soube compreender coisa alguma! Devia
tê-la julgado pelos atos, não pelas palavras. Ela me perfumava, me iluminava...
Não devia jamais tê-la abandonado. Devia ter-lhe adivinhado a ternura sob
aquela tolas mentiras. São tão contraditórias as flores! Mas eu era jovem
demais para saber amar."
6.
Apesar
das características “daquela flor”, o principezinho nutria um grande sentimento
por ela.
a)
Caracterize
a flor através de três palavras do texto.
b)
Segundo
o Pequeno Príncipe, ele próprio havia pensado mal a respeito de sua flor.
Demonstre essa afirmação com um trecho do texto.
c)
Que
justificativa deu o Pequeno Príncipe por ter abandonado sua flor?
·
Capítulo X. p. 36
“Ele se achava na região dos asteroides 325, 326, 327, 328,
329, 330. Começou, pois, a visitá-los, para procurar uma ocupação e se
instruir.
7.
O pequeno príncipe viajou
por vários lugares... nesses lugares encontrou pessoas de várias personalidades
e modos diferentes. Portanto, relacione abaixo os personagens que interagiram
com o principezinho às suas principais características
“O primeiro era habitado por
um rei.”
“ "O segundo planeta era
habitado por um vaidoso.
“O planeta seguinte era
habitado por um bêbado"
“O quarto planeta era o do
homem de negócios."
"O quinto planeta era muito
curioso. Era o menor de todos. Tinha espaço suficiente para um lampião e para
um acendedor de lampiões.”
"O Sexto planeta era
dez vezes maior. Era habitado por um velho.”
( ) “Esse aí é o único que não me parece ridículo. Talvez porque é
o único que se ocupa de outra coisa que não seja ele próprio.”
( ) 'Sou geógrafo' 'Que é um geógrafo?' perguntou o
principezinho. 'É um especialista que sabe onde se encontram os mares, os rios,
as cidades, as montanhas, os desertos.'
( ) “Tinha
um grande ar de autoridade.”
( )
“...eu sou o homem mais belo, mais rico, mais inteligente e
mais bem vestido de todo o planeta.”
( ) “Eu sou um sujeito sério. Gosto de exatidão.”
( ) “- Esquecer que eu tenho
vergonha.”
·
Capítulo
XVI. p. 56
O sétimo planeta foi, portanto, a Terra.
A Terra não é um planeta qualquer. Tem cento e onze reis, sete mil
geógrafos, novecentos mil homens de negócios, sete milhões e meio de bêbedos,
trezentos e onze milhões de vaidosos, ou seja, aproximadamente, dois bilhões de
pessoas grandes.
(...)
Vistos de longe, faziam um efeito magnífico. Os movimentos desse
exército eram ritmados como os de um balé. Primeiro, era a vez dos acendedores
de lampiões da Nova Zelândia e da Austrália. Depois de acenderem os lampiões,
iam-se deitar. E era a vez de entrarem na dança os acendedores de lampiões da
China e da Sibéria. Depois, também eles se desapareciam para os bastidores. E
então era a vez dos acendedores de lampiões da Rússia e das Índias. Depois, a
dos de África e da Europa. Depois, a dos da América do Sul. Depois, a dos da
América do Norte. E nunca nenhum trocava a ordem de entrada em cena. Era um
espetáculo grandioso.
8.
“A Terra não é um planeta
qualquer.”
a)
Explique essa afirmação
comparando a Terra com os demais planetas pelos quais o principezinho passou.
b)
O movimento de rotação da
Terra é o giro que o planeta realiza ao redor de si mesmo, ou seja, ao redor do
seu próprio eixo. Graças ao movimento de rotação, a luz solar vai
progressivamente iluminando diferentes áreas, o que resulta na sucessão de dias
e noites nos diversos pontos da superfície terrestre. Portanto, compare esse
conceito geográfico à tarefa dos “acendedores de lampiões.”
E foi então que apareceu a raposa:
(...)
(...)
- Quem és tu? perguntou o principezinho. Tu és
bem bonita...
- Sou uma raposa, disse a raposa.
- Vem brincar comigo, propôs o principezinho. Estou tão triste...
- Eu não posso brincar contigo, disse a raposa. Não me cativaram ainda.
- Ah! desculpa, disse o principezinho.
Após uma reflexão, acrescentou:
- Que quer dizer "cativar"?
- Sou uma raposa, disse a raposa.
- Vem brincar comigo, propôs o principezinho. Estou tão triste...
- Eu não posso brincar contigo, disse a raposa. Não me cativaram ainda.
- Ah! desculpa, disse o principezinho.
Após uma reflexão, acrescentou:
- Que quer dizer "cativar"?
Tu não és daqui, disse a raposa. Que procuras?
- Procuro os homens, disse o principezinho. Que quer dizer "cativar"?
- Procuro os homens, disse o principezinho. Que quer dizer "cativar"?
(...)
- É uma coisa muito esquecida, disse a raposa. Significa "criar laços..."
- Criar laços?
- É uma coisa muito esquecida, disse a raposa. Significa "criar laços..."
- Criar laços?
- Exatamente, disse a raposa. Tu não és para
mim senão um garoto inteiramente
igual a cem mil outros
garotos. E eu não tenho necessidade de ti. E tu não tens também necessidade de
mim. Não passo a teus olhos de uma raposa igual a cem mil outras raposas. Mas,
se tu me cativas, nós teremos necessidade um do outro. Serás para mim único no
mundo. E eu serei para ti única no mundo...
(...)
- A gente só conhece bem as coisas que cativou, disse a
raposa. Os homens não têm mais tempo de conhecer coisa alguma. Compram tudo
pronto nas lojas. Mas como não existem lojas de amigos, os homens não têm mais
amigos.
9.
Releia:
Que quer
dizer "cativar"?
- É uma coisa muito esquecida, disse a raposa. Significa "criar laços..."
- É uma coisa muito esquecida, disse a raposa. Significa "criar laços..."
a)
Segundo a raposa, a amizade entre as pessoas
deve ser conquistada, despertada...cativada. De acordo com o texto, se esses
laços não forem criados, o que acontece?
b)
“Criar laços” tornam as pessoas especiais.
Transcreva uma passagem do texto que justifique essa afirmação.
c)
Explique por que a raposa julga que os homens
não têm amigos?
·
Capítulo
XXI. p. 68 a 72
(...)
Assim o
principezinho cativou a raposa. Mas, quando chegou a hora da partida, a raposa
disse:
- Ah! Eu vou
chorar.
- A culpa é tua,
disse o principezinho, eu não queria te fazer mal; mas tu quiseste que eu te
cativasse...
(...)
- Vai rever as
rosas. Tu compreenderás que a tua é a única no mundo. Tu voltarás para me dizer
adeus, e eu te darei de presente um segredo.
Foi o
principezinho rever as rosas:
- Vós não sois
absolutamente iguais à minha rosa, vós não sois nada ainda.
Ninguém ainda
vos cativou, nem cativastes a ninguém. Sois como era a minha raposa. Era uma
raposa igual a cem mil outras. Mas eu fiz dela um amigo. Ela é agora única no
mundo.
E as rosas
estavam desapontadas.
E voltou, então,
à raposa:
- Adeus, disse
ele...
- Adeus, disse a
raposa. Eis o meu segredo. É muito simples: só se vê bem com o coração. O essencial
é invisível aos olhos.
(...)
- Os homens
esquecem essa verdade – disse ainda a raposa. – Mas tu não te deves esquecer.
Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas.
10.
Henri Matisse foi um artista
francês, conhecido por sua arte de desenhar. É dele a conhecida frase: “É
preciso ver a vida com os olhos de uma criança.”
a)
Relacione o pensamento de Henri Matisse com a
história contada em O Pequeno Príncipe.
b)
Por que, segundo a raposa, “só se vê bem com o
coração? O essencial é invisível aos olhos?”
c)
Você concorda com a
afirmação da raposa de que “Tu te tornas eternamente responsável por aquilo
que cativas? Justifique.
“E o principezinho acrescentou:
- Mas os olhos são cegos. É preciso buscar com o coração...”
O pequeno príncipe, Antoine
de Saint-Exupéry.
Olá, onde encontro o gabarito
ResponderExcluirPois não achei