A
partir da leitura dos textos motivadores e com base nos conhecimentos
construídos ao longo de sua formação, redija texto dissertativo-argumentativo
em modalidade escrita formal da língua portuguesa sobre o tema As atuais influências dos jovens
brasileiros apresentando proposta de intervenção que respeite os direitos
humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos
e fatos para defesa de seu ponto de vista.
Youtubers são,
hoje, os maiores formadores de opinião dos jovens, mas que valores eles passam?
Você pode nunca ter ouvido o nome deles, mas não vai fugir dessas
celebridades por muito tempo. Os youtubers (famosos por criar vídeos para a
plataforma do Google) são a nova “turma de amigos” de crianças e adolescentes.
E trilharam um caminho bem comum hoje em dia: saíram da Internet para as
livrarias, para a TV aberta e até para os cinemas. Kéfera Buchmann, 22,
Christian Figueiredo, 21, Bruna Vieira, 22, e Isabela Freitas, 24, são alguns
desses ídolos com milhões de seguidores. Sim, milhões. Em seus vídeos, eles
falam basicamente sobre comportamento. De jovem para jovem. Por trás das
câmeras e da tela do computador, abordam bullying, desilusões amorosas e a
superação com a ajuda da Internet. Tudo com uma pitada de humor. Um cardápio
perfeito para atrair quem está em busca de informação, mas prefere manter
distância dos adultos e de quem não passa a credibilidade necessária sobre
assuntos tão característicos de uma geração. São eles os novos formadores de
opinião. Mas quais são os valores que eles estão passando para seus seguidores?
Dos 10 youtubers
mais influentes do mundo, quatro são brasileiros.
É isso que aponta uma pesquisa realizada em junho pela plataforma Snack
Intelligence, divisão da rede Snack de canais no YouTube que monitora e analisa
o mercado audiovisual digital. O estudo mediu o poder de influência do dono do
canal sobre a audiência total do site, e a cada youtuber foi atribuída uma taxa
que varia de 0 a 1.000.
Para chegar ao resultado, a pesquisa considerou pontos como engajamento,
visualizações, número de inscritos, frequência de publicação e atividade do
canal.
Conhecido por suas paródias, o
piauiense Whindersson Nunes é o segundo colocado da lista, figurando apenas
atrás do sueco PewDiePie – nada menos que o youtuber com o maior número de
seguidores do mundo. O carioca Felipe Neto, que já teve até um programa no
canal a cabo Multishow, aparece em terceiro lugar.
Os outros brasileiros do ranking
são canais de variedades: o Canal Canalha, comandado por Julio Cocielo e que
trata do cotidiano com humor, e o Canal Nostalgia, de Felipe Castanhari, que
relembra produtos marcantes da cultura pop.
Séries e programações podem influenciar a vida das pessoas?
A década é marcada pela
tecnologia. Rede Sociais, internet ilimitada, canais especiais e programas de
televisão à disposição 24 horas. Muitas das séries ou histórias apresentadas
nas telas imitam a vida; e, outras vezes, a vida as imita. Algumas pessoas e
faixas etárias podem ser influenciadas pela programação. Um dos exemplos que
traz polêmica é a série da Netflix 13 Reasons Why (13 Porquês). A produção
conta a história da adolescente Hannah, que quando toma a decisão de
suicidar-se deixa os motivos gravados em áudio que acabam chegando em várias
pessoas consideradas, por ela, como agressores.
Um dos grupos considerados como de maior risco são os adolescentes.
Conforme o médico psiquiatra, Fábio Vitória, fatos e programas de televisão
relacionados ao suicídio ou sobre morte podem influenciar os jovens, pelo risco
da glorificação de tirar a própria vida, identificação com o personagem que
cometeu o ato e pela exposição de cenas que mostram os detalhes da situação.
Mesmo que a série não traga efeitos negativos para alguns, ele alerta que é
preciso ficar de olho naqueles que estão em situação de risco. Uma das dicas do
médico é que os pais tenham um diálogo aberto e franco sobre quais as
programações que os filhos assistem, pois a conversa evita a invasão de
privacidade e medidas enérgicas e intrusivas. Além disso, os pais também
precisam estabelecer limites claros e justos.
"Mães e pais que costumam conversar sobre vários assuntos, sem
demonstração de rechaço ou preconceitos por determinados temas - quando
acompanham a vida emocional, social e escolar de seus filhos - apresentam maior
facilidade para identificar eventuais sinais de quando há algo de errado
acontecendo, assim como possuem maior aceitação às suas ofertas de ajuda e de
suporte."
Por outro lado, quando não há abertura para o diálogo em casa, a
tendência é que os jovens não se comuniquem com os pais e não consigam
expressar seus problemas em geral. "Isso leva ao isolamento e à situação
de maior vulnerabilidade às ameaças virtuais, como o jogo Baleia Azul, por exemplo."
Nos problemas e conflitos vividos pelos adolescentes, é papel do pai e da mãe,
além do diálogo, ter afeto, carinho, proximidade e estabilidade no ambiente
familiar. "São características indispensáveis para manter os filhos sob os
nossos olhares cuidadosos. Acolher os problemas de um adolescente sem
julgamentos, apenas com objetivo de entender e ajudar, cria uma relação de
confiança e empatia."
Além disso, ainda existem jovens que merecem atenção aumentada, pois
fazem parte de uma população de risco. O psiquiatra observa que eles são
suscetíveis a serem influenciados por qualquer pessoa que ofereça um pouco de
atenção, mesmo que sejam colocados em risco, e também são mais propensos a
atitudes impulsivas e impensadas.
Nenhum comentário:
Postar um comentário