A partir da leitura dos textos motivadores
seguintes e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação,
redija um texto dissertativo-argumentativo em norma padrão da língua portuguesa
sobre o tema A EDUCAÇÃO COMO
FERRAMENTA DE TRANSFORMAÇÃO DA SOCIEDADE BRASILEIRA, apresentando
proposta de intervenção, que respeite os direitos humanos. Selecione, organize
e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu
ponto de vista.
TEXTO 1
Ao propor uma reflexão sobre a educação brasileira,
vale lembrar que só em meados do século XX o processo de expansão da
escolarização básica no país começou, e que o seu crescimento, em termos de
rede pública de ensino, deu-se no fim dos anos 70 e início dos anos 80.
O Brasil ocupa o 53º lugar em
educação, entre 65 países avaliados pelo
Programa
Internacional de Avaliação Educacional (PISA). Mesmo com o programa social que
incentivou a matrícula de 98% de crianças entre 6 e 12 anos, 731 mil crianças
ainda estão fora da escola, segundo dados do último censo do IBGE. O
analfabetismo funcional de pessoas entre 15 e 64 anos foi registrado em 28% no
ano de 2010; 34% dos alunos que chegam ao 5º ano de escolarização ainda não
conseguem ler; 20% dos jovens que concluem o ensino fundamental, e que moram
nas grandes cidades, não dominam o uso da leitura e da escrita e os professores
são desvalorizados num país que se auto denomina Pátria Educadora.
Tanto se fala de que é preciso transformarmos a
sociedade em que vivemos, mas isso é impossível se não tivermos a educação como
umas das prioridades básicas para a melhoria da condição humana. É uma conta
que nunca vai “bater”, pois não há como termos uma sociedade melhor, menos
violenta, menos excludente se não há a oportunidade de educação para a sua
população.
Enquanto isso, nós continuamos longe de atingir a
meta de alfabetizar todas as crianças até os 8 anos de idade e carregando o
fardo de um baixo desempenho no IDEB (Índice de Desenvolvimento da Educação
Básica), com o índice de aprovação - na
média de 0 a 10 - de 4,0, com o sonho de chegarmos a 6 em 2022.
TEXTO 2
TEXTO 3
Educador
transforma geladeiras em bibliotecas para a população do DF
O
pequeno Nícolas Heero de três anos brincava na Praça da QE 17, localizada no
Guará II, Distrito Federal. Ao ver uma geladeira pintada perto dos parquinhos
ele logo correu para ver o que tinha dentro. Ao abrir, a grande surpresa.
"Ué, mas não tem comida", disse. O espanto não é apenas das crianças.
Os adultos também se surpreendem ao verem dezenas de livros dentro do
refrigerador que estampa a frase "Doe livro. Leia e devolva".
São
diversos exemplares dos mais variados temas. Há livro de quadrinhos, romance,
língua estrangeira, crônicas, revistas e até apostilas para concurseiros. A
iniciativa do projeto veio do educador popular Lucas Rafael, 30, morador do
Guará há 16 anos.
O pai
de Nícolas, Renê Elvis, 26, aprovou a iniciativa. Segundo ele, faltam projetos
que ajudem a despertar o interesse pela educação. "Nunca imaginava que ali
[geladeira] era praticamente uma biblioteca. Pensei que ela estava para doação
ou outra coisa. O mais interessante é que os livros estão em bom estado e você
pode levar para casa, devolver e até doar alguns. Isso mexe com a imaginação,
principalmente das crianças".
TEXTO
4
Saída pela educação
Com boa infraestrutura e acesso à educação e cultura, medidas
socioeducativas podem recuperar jovens infratores
O Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA)
aposta no aprendizado a partir do erro para recuperar jovens infratores que
cresceram, muitas vezes, sujeitos ao abandono e à exclusão. "Optar pela
mão pesada da punição sem ter dado aos jovens a chance da superação, é desistir
muito rápido deles", defende Thelma de Oliveira, coordenadora do Sistema
Nacional de Atendimento Socioeducativo (Sinase), da Secretaria de Direitos
Humanos. Porém, para restituir direitos e oferecer oportunidades reais é preciso
criar uma estrutura que garanta o efetivo acesso à educação.
Atualmente as 140 unidades existentes, que
atendem 8.410 jovens, são ligadas a escolas da rede de ensino estadual, as
chamadas escolas vinculadoras. Em cada escola da Fundação Casa, os internos
cumprem o mesmo currículo dos alunos que estudam na escola externa, porém as
turmas não passam de 10 alunos e são multisseriadas. Os profissionais de
educação e os demais funcionários também são capacitados pela Escola para
Formação e Capacitação Profissional da Casa.
As turmas menores e o ensino mais
individualizado são estratégia para a redução da defasagem idade-série. Assim
que chega à Fundação, o adolescente passa por uma avaliação para determinar a
série que deve cursar e seu Plano Individual de Atendimento (PIA). Neusa Flores,
gerente escolar da fundação, acredita que o empenho vem se refletindo nos
índices de reincidência do ato infracional, que têm diminuído. Em 2006 a
reincidência estava em torno de 29% e hoje não chega a 13%.
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