PROPOSTA DE REDAÇÃO PARA O ENEM - 34 - TEXTO E GRAMÁTICA EM PAUTA

domingo, 11 de setembro de 2016

PROPOSTA DE REDAÇÃO PARA O ENEM - 34

A partir da leitura dos textos motivadores seguintes e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija um texto dissertativo-argumentativo em norma padrão da língua portuguesa sobre o tema A EDUCAÇÃO COMO FERRAMENTA DE TRANSFORMAÇÃO DA SOCIEDADE BRASILEIRA, apresentando proposta de intervenção, que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.

TEXTO 1
Ao propor uma reflexão sobre a educação brasileira, vale lembrar que só em meados do século XX o processo de expansão da escolarização básica no país começou, e que o seu crescimento, em termos de rede pública de ensino, deu-se no fim dos anos 70 e início dos anos 80.
O Brasil ocupa o 53º lugar em educação, entre 65 países avaliados pelo
Programa Internacional de Avaliação Educacional (PISA). Mesmo com o programa social que incentivou a matrícula de 98% de crianças entre 6 e 12 anos, 731 mil crianças ainda estão fora da escola, segundo dados do último censo do IBGE. O analfabetismo funcional de pessoas entre 15 e 64 anos foi registrado em 28% no ano de 2010; 34% dos alunos que chegam ao 5º ano de escolarização ainda não conseguem ler; 20% dos jovens que concluem o ensino fundamental, e que moram nas grandes cidades, não dominam o uso da leitura e da escrita e os professores são desvalorizados num país que se auto denomina Pátria Educadora.
Tanto se fala de que é preciso transformarmos a sociedade em que vivemos, mas isso é impossível se não tivermos a educação como umas das prioridades básicas para a melhoria da condição humana. É uma conta que nunca vai “bater”, pois não há como termos uma sociedade melhor, menos violenta, menos excludente se não há a oportunidade de educação para a sua população.
Enquanto isso, nós continuamos longe de atingir a meta de alfabetizar todas as crianças até os 8 anos de idade e carregando o fardo de um baixo desempenho no IDEB (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica), com o índice de aprovação -  na média de 0 a 10 - de 4,0, com o sonho de chegarmos a 6 em 2022.
                    
 TEXTO 2            
                      

TEXTO 3

Educador transforma geladeiras em bibliotecas para a população do DF

O pequeno Nícolas Heero de três anos brincava na Praça da QE 17, localizada no Guará II, Distrito Federal. Ao ver uma geladeira pintada perto dos parquinhos ele logo correu para ver o que tinha dentro. Ao abrir, a grande surpresa. "Ué, mas não tem comida", disse. O espanto não é apenas das crianças. Os adultos também se surpreendem ao verem dezenas de livros dentro do refrigerador que estampa a frase "Doe livro. Leia e devolva".
São diversos exemplares dos mais variados temas. Há livro de quadrinhos, romance, língua estrangeira, crônicas, revistas e até apostilas para concurseiros. A iniciativa do projeto veio do educador popular Lucas Rafael, 30, morador do Guará há 16 anos.
O pai de Nícolas, Renê Elvis, 26, aprovou a iniciativa. Segundo ele, faltam projetos que ajudem a despertar o interesse pela educação. "Nunca imaginava que ali [geladeira] era praticamente uma biblioteca. Pensei que ela estava para doação ou outra coisa. O mais interessante é que os livros estão em bom estado e você pode levar para casa, devolver e até doar alguns. Isso mexe com a imaginação, principalmente das crianças".

TEXTO 4

Saída pela educação

Com boa infraestrutura e acesso à educação e cultura, medidas socioeducativas podem recuperar jovens infratores

O Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) aposta no aprendizado a partir do erro para recuperar jovens infratores que cresceram, muitas vezes, sujeitos ao abandono e à exclusão. "Optar pela mão pesada da punição sem ter dado aos jovens a chance da superação, é desistir muito rápido deles", defende Thelma de Oliveira, coordenadora do Sistema Nacional de Atendimento Socioeducativo (Sinase), da Secretaria de Direitos Humanos. Porém, para restituir direitos e oferecer oportunidades reais é preciso criar uma estrutura que garanta o efetivo acesso à educação. 
Atualmente as 140 unidades existentes, que atendem 8.410 jovens, são ligadas a escolas da rede de ensino estadual, as chamadas escolas vinculadoras. Em cada escola da Fundação Casa, os internos cumprem o mesmo currículo dos alunos que estudam na escola externa, porém as turmas não passam de 10 alunos e são multisseriadas. Os profissionais de educação e os demais funcionários também são capacitados pela Escola para Formação e Capacitação Profissional da Casa.
As turmas menores e o ensino mais individualizado são estratégia para a redução da defasagem idade-série. Assim que chega à Fundação, o adolescente passa por uma avaliação para determinar a série que deve cursar e seu Plano Individual de Atendimento (PIA). Neusa Flores, gerente escolar da fundação, acredita que o empenho vem se refletindo nos índices de reincidência do ato infracional, que têm diminuído. Em 2006 a reincidência estava em torno de 29% e hoje não chega a 13%.

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