PROPOSTA DE REDAÇÃO PARA O ENEM - 61 - TEXTO E GRAMÁTICA EM PAUTA

segunda-feira, 5 de fevereiro de 2018

PROPOSTA DE REDAÇÃO PARA O ENEM - 61


A partir da leitura dos textos motivadores e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija um texto dissertativo-argumentativo em modalidade escrita formal da língua portuguesa sobre o tema As letras de músicas atualmente no Brasil: os limites entre liberdade de expressão e censura, apresentando proposta de intervenção que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.

Texto I
Spotify removerá música após acusação de apologia ao estupro
O Spotify informou hoje (17) que a música “Só surubinha de leve”, de autoria de MC Diguinho, será excluída da sua plataforma de streaming nas próximas horas. A faixa vem sendo acusada de fazer apologia ao estupro e é duramente criticada no YouTube e em publicações diversas nas redes sociais.
Até o momento, contudo, a música ainda está disponível para execução no Spotify e vem com a marcação de “Explícito”, indicando que o conteúdo é sugestivo de alguma maneira. Remover músicas do catálogo é algo bastante incomum para o Spotify, o que torna a situação do MC ainda mais grave. Por outro lado, uma das postagens com o áudio da música no YouTube, entretanto, já tem mais de 14 milhões de visualizações. A publicação original da faixa foi feita em dezembro de 2017.
Contatamos a distribuidora da música 'Só surubinha de Leve' a respeito do ocorrido e, fomos informados que a faixa será retirada da plataforma nas próximas horas, uma vez que o tema foi trazido à nossa atenção. A música está atualmente no Top Viral, pois teve um pico de consumo nos últimos dias. O catálogo do Spotify é abastecido por centenas de milhares de gravadoras, artistas e distribuidoras em todo o mundo. Eles são devidamente avisados sobre nossas diretrizes e são responsáveis pelo conteúdo que entregam", informou o Spotify em comunicado oficial.




Texto II

Disponível em https://jornalismoibmec.wordpress.com/2014/05/31/348/. Acesso em 30.jan.2018.

Texto III
Especialistas dizem que 'Só surubinha de leve' não configura apologia ao estupro
Funk do MC Diguinho foi banido das plataformas de streaming na quinta-feira após texto de internauta, que o condenava, viralizar

Na música “Só surubinha de leve”, que, até o início da tarde de quinta-feira, liderava a lista de sucessos virais do Spotify, o funkeiro caxiense MC Diguinho sugere, com idioleto para lá de vulgar, que o ouvinte alcoolize mulheres e depois as abandone na rua. A canção gerou debate intenso nas redes sociais nos últimos dias, principalmente após uma publicação da estudante de artes visuais Yasmin Formiga viralizar. A paraibana diz, entre outras coisas, que a música “ajuda para que as raízes da cultura do estupro se estendam, aumenta a misoginia, aumenta os dados de feminicídio”.
— O Spotify tem os próprios termos de uso (que vetam qualquer conteúdo que “seja ofensivo, abusivo, difamatório, pornográfico, ameaçador ou obsceno”) colocados de maneira muito clara. No momento em que alguém viola esses termos, o serviço pode optar pela retirada daquele material.
Advogadas e especialistas procuradas pelo GLOBO são unânimes ao afirmar que, em termos legais, porém, a letra da música não configura apologia ao estupro.
Para ser considerado apologia, ele teria que deixar claro que a intenção de “tacar a bebida” seria para deixar a vítima inconsciente, num estado em que não teria condições de consentimento — diz a advogada Sylvia Urquiza. — Na minha concepção, a apologia teria que ser mais palpável.
Ao fazer coro, a também jurista Luiza Oliver cita o artigo 286 do Código Penal, que trata da apologia ao crime:
— Para tipificar o crime de apologia, e tratar como alguém que está incitando a prática de um crime, temos que tirar a questão do terreno do bom e do mau gosto, do politicamente e do moralmente correto. Temos que entender o que é previsto pela lei, que seria constranger alguém, diante da violência ou grave ameaça, a ter uma conjunção carnal. É uma letra de péssimo gosto, moralmente reprovável, mas não há crime aqui.

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