A
partir da leitura dos textos motivadores e com base nos conhecimentos
construídos ao longo de sua formação, redija texto dissertativo-argumentativo
em modalidade escrita formal da língua portuguesa sobre o tema O
crescimento do número de DSTs no Brasil, apresentando
proposta de intervenção que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e
relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu
ponto de vista.
Texto I
Número de infecções sexualmente
transmissíveis não para de crescer
Quando o
poeta italiano Girolamo Fracastoro criou o personagem Syphilis, em 1530, não
imaginava que ele emprestaria seu nome a uma moléstia infecciosa que, segundo
relatos, fora trazida das Américas nas caravelas de Cristóvão Colombo. Nos
versos de Fracastoro, Syphilis é um pastor de rebanho grego que desperta a ira
divina e é castigado com pústulas pelo corpo. Quase 500 anos depois, o mal
provocado por uma bactéria volta a ser motivo de preocupação, agora entre
profissionais de saúde. E ele não vem sozinho. Outras doenças sexualmente
transmissíveis (DSTs) e conhecidas do homem há milhares de anos, como a
gonorreia, são mencionada no Antigo Testamento e parecem ter retornado com
a força de uma praga bíblica.
Hoje,
tudo leva a crer que a população em geral baixou a guarda contra os males que
se aproveitam do sexo desprotegido. Um levantamento do próprio Ministério da
Saúde de 2016 calculou que algo em torno de 10 milhões de brasileiros já
apresentaram sintomas de uma DST, como lesões, verrugas e corrimentos nos
órgãos genitais. Na mesma pesquisa, descobriu-se que só 24,3% dos homens e 22,5% das mulheres que procuraram um serviço do SUS foram
orientados a fazer o exame que detecta a sífilis — os números são um pouco
maiores para o teste de HIV. “Alguns profissionais da área ainda pensam que só
pega esse tipo de infecção quem é promíscuo, e isso não é verdade”, diz o
ginecologista Mauro Romero, presidente da Sociedade Brasileira de Doenças
Sexualmente Transmissíveis. “Qualquer pessoa sexualmente ativa, independentemente
de faixa etária, classe social ou opção sexual, pode contrair uma DST. Basta
praticar sexo inseguro”, frisa o médico, que também é professor da Universidade
Federal Fluminense.
Texto II
Texto III
O controle das DSTs no Brasil
As
chamadas Doenças Sexualmente Transmissíveis (DSTs) compreendem um conjunto de
infecções distintas que têm em comum o fato de serem transmitidas pelo contato
sexual. Cada uma das diferentes entidades clínicas que compõe o grupo das DST apresenta
sintomatologia, prognóstico e curso próprio, requerendo estratégias específicas
de prevenção, diagnóstico e tratamento.
Mesmo com
o desenvolvimento de novos métodos diagnósticos e de tratamento, as DSTs
continuam atingindo um grande número de pessoas, especialmente as mulheres,
pelo fato de que muitas das DSTs não apresentam sintomas na população feminina.
Além disso, as mulheres experimentam diferentes constrangimentos para o
exercício da sua sexualidade, o que lhes dificulta incorporar práticas de
proteção, e os serviços de atenção à saúde nem sempre estão aptos para lidar
com a questão.
Embora a
Organização Mundial de Saúde (OMS) reiteradamente busque estimar a magnitude
das DSTs globalmente, de modo a fornecer aos governos parâmetros realistas para
o planejamento de suas ações, é difícil conhecer, de fato, a prevalência das
DSTs no mundo e em cada país, dada a fragilidade e inadequação dos sistemas de
vigilância. No entanto, são relativamente conhecidos alguns dos impactos
das DSTs para a saúde sexual e reprodutiva de mulheres e homens e alguns dos
impactos socioeconômicos. Menos estudadas têm sido as repercussões das DSTs a
nível psicológico, da subjetividade e da sexualidade.
Segundo a
OMS, as DSTs e suas complicações representam uma das dez principais causas de
procura a serviços de saúde em países em desenvolvimento, respondendo por
aproximadamente 17% das perdas econômicas relacionadas ao binômio saúde /
doença.
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