PROPOSTA DE REDAÇÃO PARA O ENEM - 40 - TEXTO E GRAMÁTICA EM PAUTA

quinta-feira, 16 de março de 2017

PROPOSTA DE REDAÇÃO PARA O ENEM - 40


A partir da leitura dos textos motivadores seguintes e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija um texto dissertativo-argumentativo em norma padrão da língua portuguesa sobre o tema A exploração sexual infanto-juvenil no Brasil, apresentando proposta de intervenção, que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.

Texto I
Raízes da prostituição infantil no Brasil

            A prostituição e o abuso de crianças e adolescentes é muito frequente no Brasil, mas a sociedade insiste em calar-se diante de tal problema social. Para entender de onde surgiu o abuso sexual de crianças dentro da nossa formação social, é preciso recorrer a Gilberto Freire com o patriarcalismo: "A história social da casa-grande é a história íntima de quase todo brasileiro de sua vida doméstica conjugal, sob o patriarcalismo escravocrata e polígamo; da sua vida de menino, do seu cristianismo reduzido à religião de família e influenciado pelas crendices da senzala" (FREIRE).
            Dominador e dominado: sempre foi essa a relação predominante no Brasil colônia, do senhor sobre seus escravos e sobre as mulheres, que tantas vezes foram vítimas do domínio e do abuso do homem. As meninas filhas dos senhores casavam-se muito cedo. Com doze, treze anos, tinham que se casar "meninotas", virgens, ou não tinham mais os provocantes verdores. Casavam-se com homens às vezes com quarenta anos de diferença. 
Nas senzalas é que estava o mais podre da nossa história. Muitos senhores se deitavam com negras virgens de dez, doze anos, crianças que tinham que fazer a vontade de seus senhores. Não eram donas de seus corpos. Muitas dessas meninas, que eram abusadas cada vez mais cedo por seus senhores, eram filhas de sangue, resultado de relacionamentos anteriores. Nossa formação tem a mancha do incesto. Por estarem em uma posição de submissão, eram exploradas, usadas como objetos para que seus senhores pudessem assim ter seu desejo satisfeito.
            Muito tempo dominou no Brasil a ideia de que para o sifilítico não havia melhor remédio do que deflorar uma negrinha virgem. Muitas meninas púberes de até nove anos foram usadas para esse fim.
 Meninas de dez, onze anos que, segundo Gilberto Freire, constituíram, na arquitetura moral do patriarcalismo brasileiro, o bloco formidável que defendeu dos ataques e afoitezas dos “Dom Juans” a virtude das senhoras brancas. Assim se constituiu o Brasil colônia. Formou-se com a utilização da prostituição e do abuso infantil.

Texto II


Texto III

Campanha nacional combate exploração sexual de crianças e adolescentes no Brasil

Com a participação da apresentadora Xuxa Meneghel, ação foi criada pela agência Cucumber Propaganda para o Instituto Liberta, a Childhood Brasil e a Fundação Abrinq, objetivando propor uma nova abordagem para o enfrentamento da exploração sexual de crianças e adolescentes no Brasil. A ação conta com o apoio e a parceria dos maiores veículos de comunicação do Brasil para ampla cobertura na mídia nacional. Intitulada ‘Números’, a campanha tem a apresentadora Xuxa Meneghel como uma das embaixadoras da causa e locutora do filme.
A proposta é evidenciar dados relativos ao problema da exploração sexual de crianças e adolescentes no país, a fim de provocar um choque de consciência na sociedade, gerando engajamento e ação imediata, bem como ampliar a quantidade de denúncias pelo telefone, por meio do canal ‘Disque 100’. “É assustador encarar a gravidade do problema e as pessoas tendem a ignorá-lo. É uma grande responsabilidade educar a população de maneira acessível e ao mesmo tempo informativa. Nossa intenção é sensibilizar a nação e estimulá-la a reagir”, afirma Sophie Wajngarten, sócia-diretora da Cucumber Propaganda, que desenvolveu a campanha publicitária.
Professora Doutora em Direito pela PUC-SP, Luciana Temer preside o Instituto Liberta. Ela tem ampla experiência no assunto. Foi Delegada de Polícia, Secretária da Juventude, Esporte e Lazer do Estado de São Paulo e Secretária de Assistência e Desenvolvimento Social do município de São Paulo. Luciana acredita que “é fundamental jogar luz sobre esta questão. “Conhecer e enfrentar o problema é o primeiro passo para vencê-lo”, afirma.
http://portaldapropaganda.com.br/noticias/10413/campanha-nacional-combate-exploracao-sexual-de-criancas-e-adolescentes-no-brasil/

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