A partir da leitura dos textos motivadores seguintes e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija um texto dissertativo-argumentativo em norma padrão da língua portuguesa sobre o tema A exploração sexual infanto-juvenil no Brasil, apresentando proposta de intervenção, que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.
Texto I
Raízes da prostituição infantil no Brasil
A prostituição e o abuso de
crianças e adolescentes é muito frequente no Brasil, mas a sociedade insiste em
calar-se diante de tal problema social. Para entender de onde surgiu o abuso sexual
de crianças dentro da nossa formação social, é preciso recorrer a Gilberto
Freire com o patriarcalismo: "A
história social da casa-grande é a história íntima de quase todo brasileiro de
sua vida doméstica conjugal, sob o patriarcalismo escravocrata e polígamo; da
sua vida de menino, do seu cristianismo reduzido à religião de família e
influenciado pelas crendices da senzala" (FREIRE).
Dominador e dominado: sempre foi essa a relação predominante no Brasil colônia, do senhor sobre seus escravos e sobre as mulheres, que tantas vezes foram vítimas do domínio e do abuso do homem. As meninas filhas dos senhores casavam-se muito cedo. Com doze, treze anos, tinham que se casar "meninotas", virgens, ou não tinham mais os provocantes verdores. Casavam-se com homens às vezes com quarenta anos de diferença.
Dominador e dominado: sempre foi essa a relação predominante no Brasil colônia, do senhor sobre seus escravos e sobre as mulheres, que tantas vezes foram vítimas do domínio e do abuso do homem. As meninas filhas dos senhores casavam-se muito cedo. Com doze, treze anos, tinham que se casar "meninotas", virgens, ou não tinham mais os provocantes verdores. Casavam-se com homens às vezes com quarenta anos de diferença.
Nas senzalas é que estava o mais podre
da nossa história. Muitos senhores se deitavam com negras virgens de dez, doze
anos, crianças que tinham que fazer a vontade de seus senhores. Não eram donas
de seus corpos. Muitas dessas meninas, que eram abusadas cada vez mais cedo por
seus senhores, eram filhas de sangue, resultado de relacionamentos anteriores.
Nossa formação tem a mancha do incesto. Por estarem em uma posição de
submissão, eram exploradas, usadas como objetos para que seus senhores pudessem
assim ter seu desejo satisfeito.
Muito tempo dominou no Brasil a ideia de que para o sifilítico não havia melhor remédio do que deflorar uma negrinha virgem. Muitas meninas púberes de até nove anos foram usadas para esse fim.
Muito tempo dominou no Brasil a ideia de que para o sifilítico não havia melhor remédio do que deflorar uma negrinha virgem. Muitas meninas púberes de até nove anos foram usadas para esse fim.
Meninas de dez, onze anos que, segundo
Gilberto Freire, constituíram, na arquitetura moral do patriarcalismo
brasileiro, o bloco formidável que defendeu dos ataques e afoitezas dos “Dom
Juans” a virtude das senhoras brancas. Assim se constituiu o Brasil colônia.
Formou-se com a utilização da prostituição e do abuso infantil.
Texto II
Texto III
Campanha
nacional combate exploração sexual de crianças e adolescentes no Brasil
Com a participação da apresentadora
Xuxa Meneghel, ação foi criada pela agência Cucumber Propaganda para o
Instituto Liberta, a Childhood Brasil e a Fundação Abrinq, objetivando propor
uma nova abordagem para o enfrentamento da exploração sexual de crianças e
adolescentes no Brasil. A ação conta com o apoio e a parceria dos maiores
veículos de comunicação do Brasil para ampla cobertura na mídia nacional.
Intitulada ‘Números’, a campanha tem a apresentadora Xuxa Meneghel como uma das
embaixadoras da causa e locutora do filme.
A proposta é
evidenciar dados relativos ao problema da exploração sexual de crianças e
adolescentes no país, a fim de provocar um choque de consciência na sociedade,
gerando engajamento e ação imediata, bem como ampliar a quantidade de denúncias
pelo telefone, por meio do canal ‘Disque 100’. “É assustador encarar a
gravidade do problema e as pessoas tendem a ignorá-lo. É uma grande
responsabilidade educar a população de maneira acessível e ao mesmo tempo
informativa. Nossa intenção é sensibilizar a nação e estimulá-la a reagir”,
afirma Sophie Wajngarten, sócia-diretora da Cucumber Propaganda, que
desenvolveu a campanha publicitária.
Professora
Doutora em Direito pela PUC-SP, Luciana Temer preside o Instituto Liberta. Ela
tem ampla experiência no assunto. Foi Delegada de Polícia, Secretária da
Juventude, Esporte e Lazer do Estado de São Paulo e Secretária de Assistência e
Desenvolvimento Social do município de São Paulo. Luciana acredita que “é
fundamental jogar luz sobre esta questão. “Conhecer e enfrentar o problema é o
primeiro passo para vencê-lo”, afirma.
http://portaldapropaganda.com.br/noticias/10413/campanha-nacional-combate-exploracao-sexual-de-criancas-e-adolescentes-no-brasil/
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