
Capítulo
I: Água logo adiante, p. 11.
Benício e Álvaro correram tão rápido que
ninguém percebeu que estavam fugindo. Desceram pelo caminho que levava ao rio,
descalços, levantando poeira pela trilha que já conheciam bem. Os dois sempre
brincavam por ali, tomando banho, catando fruta e caçando cobra-verde. Mas daquela
vez seguiam para uma aventura maior que todas as outras já vividas.
(...)
Os três voltaram para casa em silêncio. Aquela
não seria uma noite fácil.
1.
O
capítulo I apresenta as aventuras de Benício e Álvaro que, apesar de viverem em
realidades diferentes, nutriam um pelo outro um forte sentimento de amizade.
a)
A
que aventura o trecho se refere?
b)
Qual
a verdadeira intenção dos amigos nessa aventura?
c)
“Aquela
não seria uma noite fácil”. O que ocorreu após Benício e Álvaro terem sido
descobertos nessa travessura?
Capítulo
II: O castigo de Manoel da Cunha, págs.23 e 24.
Das Chagas começou a falar. Disse que Benício
estava planejando fugir e levar Álvaro como refém. Que seu plano era mesmo
pegar o curso do rio e ir embora, parar em uma cidade vizinha e ir vivendo de
canto em canto. Álvaro ia junto, ameaçado de morte pelo preto e Deus sabe o quê
sofreria nas mãos de Benício, nessas andanças pelo mundo. Disse até que ouvira
as ameaça.
2.
Em
relação aos relatos narrados por Das Chagas ao patrão, coloque CERTO ou ERRADO.
(_________)
Alguns detalhes contados pelo feitor ao padrão faziam parte das verdadeiras
intenções de Benício.
(_________) Das Chagas era um
ex-escravo que se tornara feitor e nutria um grande ódio pelos seus irmãos de cor.
(__________) Manuel da
Cunha, patrão de Das Chagas, não acreditou nos relatos do feitor e foi
investigar com o filho Álvaro o que de fato ocorrera.
(__________) Maria de
Fátima, mãe de Álvaro, resolveu castigar Benício por colocar a vida do filho em
risco.
(__________) Manuel da
Cunha autorizou que o feitor desse vinte chicotadas em Benício.
Quando Manoel da Cunha voltou de viagem, ficou enfurecido por saber que uma negra havia feito o parto. Não lhe importava se o filho havia nascido com saúde, se sua mulher estava bem e feliz.
Capítulo III: Irmãos de leite, p.36.
- De que vale nascer com saúde, se a primeira
coisa que viu na vida foi uma mão de escravo puxando pra fora.
Maria de Fátima ficou muito abatida com a
agressividade do marido. De tão fraca começou a sangrar, desmaiar e emagrecer,
tudo isso sem poder pedir ajuda de Maria de Luanda.
(...)
Escondida do marido, pediu à Maria de Luanda
que dividisse o seu leite entre Álvaro e Benício, como era de costume na época.
Os dois meninos foram protegidos pelo mesmo amor.
Enquanto Maria amamentava, cantava as músicas
africanas que conhecia para ninar os bebês. Eles chegavam a mamar ao mesmo
tempo e, por alguns momentos, dormir nos seios da mesma mãe. Eram irmão de
leite. Por isso, a dor de Benício fazia sofrer o coração de Álvaro.
3.
Manoel
da Cunha era um impiedoso senhor de escravos que não permitia que sua família
mantivesse laços fraternais com os negros da senzala.
a)
Retire
do capítulo um trecho que comprova o quanto Manuel da Cunha era preconceituoso
em relação aos negros.
b) Demonstre,
com uma passagem do texto, que Maria de Fátima não concordava com as atitudes
do marido.
c)
De
acordo com os fatos narrados no capítulo III, explique por que Benício e Álvaro
eram considerados irmãos de leite.
d)
Mesmo
não sendo irmãos biológicos, os laços entre os dois amigos eram muito fortes.
Em que parte desse trecho essa ligação fica mais evidente?
4.
Vende-se uma família conta a história de amizade entre
Benício e Álvaro, dois garotos que nasceram quase no mesmo dia, cresceram
juntos e sofreram na pele a crueldade da escravidão no Brasil. Nesse enredo,
além dos amigos, outros personagens e suas ações também complementam a trama da
autora Socorro Acioli. Portanto, identifique tais personagens caracterizados
nos trechos que seguem.
a)
“(...)
Criado desde pequeno entre a maldade dos senhores e o sofrimento dos escravos,
viu sua família morrer ou se separar pouco a pouco, até ficar só no mundo.”
b)
“(...)
Jovem, bonita e de bom coração, não chegava a ser caridosa com os escravos, porque
era obediente ao marido.
d)
O
homem mais cruel da cidade. Ele não admitia qualquer gesto de bondade para com
os
negros.
e) “Tinha o dom de curar. Sabia fazer remédios,
rezava e cantava pedindo saúde.”
f)
Rica
e mimada. A princípio, apoiava os escravistas; mas, após a doença do filho, passou
a defender a liberdade dos escravos.
5.
Durante
a narrativa, são descritos em várias passagens elementos que caracterizam a
cultura africana, dentre eles estão
( ) danças, como o congo, como forma de
relembrar suas origens.
( ) não casar com parentes, pois era um
insulto aos antepassados.
( ) remédios à base de folhas moídas, que
serviam como cicatrizantes.
( ) cânticos para pedir saúde, mas também para
demonstrar suas tristezas.
(
) desprezo pelos brancos, considerados
pelos escravos como inimigos mortais.
Capítulo VI: Vende-se uma família, p.
55.
Você nunca mais vai bater nele, Das Chagas.
Deixa esse preto em paz. (...) E guarde essa chibata, que as costas de Benício
você não açoita mais.
(...)
Maria de Luanda foi a primeira a avistar que
Das Chagas estava caminhando em direção a eles, vindo da casa grande. Tinha um
sorriso no rosto que Álvaro não conseguia entender, mas o sorriso de Das Chagas
sempre prenunciava as lágrimas de um escravo. Benício imaginou que Manuel da
Cunha havia resolvido voltar atrás e mandou aplicar as chibatadas. Das Chagas
sorria para Benício, com o mesmo sorriso maldoso de quando terminava de
chicoteá-lo. Sim, certamente alguma coisa de mal iria acontecer.
6.
Das
Chagas, mais uma vez, denunciara ao patrão as peripécias de Benício e Álvaro;
mas, dessa vez, Manuel da Cunha decide não castigar o jovem escravo.
a)
O
que Álvaro pensou quando soube da atitude do pai ao poupar o amigo?
b)
Qual
a verdadeira intenção de Manuel da Cunha quando não castigou Benício?
c)
Explique
o trecho “...o sorriso de Das Chagas
sempre prenunciava as lágrimas de um escravo.”
Capítulo VII: A partida, p. 61.
As duas Marias se olharam pela última vez e
cada uma chorou as lágrimas de sua dor. Fora de casa, Das Chagas já estava
pronto para a partida, junto com Benício, Severino e Bonifácia. Os negros foram
proibidos de sair da senzala e sofriam de longe por mais uma despedida.
(...)
Quando viu que não poderia mais seguir, Álvaro
entregou um pequeno pacote a Benício. Era a sua medalhinha de São José. Foi uma
despedida dolorosa e em silêncio. Mas, naquela medalha, Álvaro simbolizava a
sua prova de amizade eterna.
7.
“Desde que tocou a barriga de Maria de
Fátima pela primeira vez, Maria de Luanda nunca viveu um dia em sua vida sem
rezar por Álvaro, sem lembrar de seu coração cheio de bondade.” Coloque, portanto, V ou F em relação ao
que ocorrera após a partida dos escravos.
( ) A família de Maria de Luanda foi vendida a
um senhor de escravos de Aracati.
( ) Por
causa de problemas financeiros, o novo dono os vendeu de volta a Manuel da
Cunha.
( ) Álvaro foi estudar em Portugal e se casou
com a filha de um senhor de escravos, chamada Eduarda.
(
)
Benício casou-se com a prima Bonifácia e tiveram um filho.
(
) Maria de Fátima morrera após mais uma
tentativa de gravidez.
Capítulo X: O reencontro, págs. 81 e 87
Álvaro retornou à Fortaleza no calor de
fevereiro de 1883. (...) Benício também ficou sabendo da notícia da chegada de Álvaro
e correu para contar à Maria de Luanda. Sem pensar duas vezes, Benício foi
procurar por Álvaro no endereço indicado pelo jornal como sua nova residência
na província.
8.
Depois
da volta de Álvaro à Fortaleza.
a)
Benício
foi à procura de Álvaro na residência do amigo. Ele conseguiu reencontrá-lo de
imediato? Explique.
b)
“Benício deixou a casa do amigo confuso e
triste”. Que fato motivou esse estado de ânimo no jovem escravo?
Capítulo XI: A agonia de Pedro, p. 91.
A cada dia, Álvaro trabalhava mais e se preocupava
mais com a gravidez da esposa. Enfim o menino nasceu. Mas exatamente no dia em
que o pequeno Pedro completou sete dias de vida, Eduarda acordou às duas horas
da manhã. A criada chamava por ela na porta do quarto para avisar que Pedro,
queimava em febre, chorando muito.
9.
Maria
de Fátima estava decidida a procurar Maria de Luanda para curar o neto,
enquanto Eduarda queria que o marido chamasse um médico.
a)
Após
quase perder o filho, Eduarda teve um gesto de gratidão pela cura de Pedro.
Explique.
b)
“Nesse
porto não se embarcam mais escravos.” Finalmente a família de Maria de Luanda
conseguiu a tão sonhada liberdade. Como isso ocorreu?
·
Texto que servirá de base para responder à questão 10
Trabalho
escravo é ainda uma realidade no Brasil
Esse
tipo de violação não prende mais o indivíduo a correntes, mas ataca a liberdade
do trabalhador e o mantém submisso a uma situação de exploração
O que é trabalho escravo
contemporâneo? O trabalho escravo,
hoje, não é somente uma violação trabalhista, tampouco se trata daquela escravidão
dos períodos colonial e imperial do Brasil. Essa violação de direitos humanos
não prende mais o indivíduo a correntes, mas compreende outros mecanismos, que
atacam a dignidade e a liberdade do trabalhador e o mantém submisso a uma
situação extrema de exploração.
Disponível em http://www.cartaeducacao.com.br/aulas/fundamental-2/trabalho-escravo-e-ainda-uma-realidade-no-brasil/. Acesso em 19/05/2017.
10.
Após 129 anos da assinatura da Lei Áurea -
Lei que decretou o fim da escravidão no Brasil - é possível dizer que ainda há
trabalho escravo no nosso país? Justifique.
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