TEXTO E GRAMÁTICA EM PAUTA: fevereiro 2018

segunda-feira, 19 de fevereiro de 2018

PROPOSTA DE REDAÇÃO PARA O ENEM - 63


A partir da leitura dos textos motivadores e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija um texto dissertativo-argumentativo em modalidade escrita formal da língua portuguesa sobre o tema Intervenção militar: o melhor caminho para combater a violência no Brasil? apresentando proposta de intervenção que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.

Texto 1
Governo federal decreta intervenção na Segurança Pública do Rio
Com a intervenção, as Forças Armadas assumem a responsabilidade do comando das Polícias Civil e Militar no estado. 'Governo dará respostas duras e firmes', afirmou Temer.

23h08
16/02/2018
BRASÍLIA - Excluindo o trecho em que citou a reforma da Previdência, o presidente Michel Temer fez pronunciamento em cadeia nacional de rádio e TV, na noite desta sexta-feira, 16, repetindo o discurso usado à tarde na cerimônia de assinatura do decreto de intervenção na segurança do Rio. Na fala gravada, o presidente reforçou que a segurança pública deve ser a nova bandeira de seu governo.

23h09
16/02/2018
O comandante do Exército, general Eduardo Villas Bôas, divulgou comunicado interno nesta sexta-feira, 16, no qual informa sobre a intervenção federal na segurança pública do Rio de Janeiro. No texto, o general diz entender que a "a solução exigirá comprometimento, sinergia e sacrifício dos poderes constitucionais, das instituições e, eventualmente, da população". 

23h10
16/02/2018
Já sob intervenção federal na área da segurança pública, o Rio continua sendo palco de arrastões e outros crimes. Menos de sete horas depois que o presidente Michel Temer (MDB) assinou o decreto que instituiu a intervenção, uma ocorrência policial interditou a Avenida Brasil, principal via de acesso à capital fluminense, na altura do Caju (zona norte), por volta das 20h desta sexta-feira (16).
Disponível em http://www.estadao.com.br/ao-vivo/intervencao-rio. Acesso em 19.fev.2018.
  

Texto 2


Texto 3

Ditadura militar no Brasil ou Quinta República Brasileira
Foi o regime instaurado em 1 de abril de 1964 e que durou até 15 de março de 1985, sob comando de sucessivos governos militares. De caráter autoritário e nacionalista, teve início com o golpe militar que derrubou o governo de João Goulart, o então presidente democraticamente eleito. O regime acabou quando José Sarney assumiu a presidência, o que deu início ao período conhecido como Nova República (ou Sexta República). Apesar das promessas iniciais de uma intervenção breve, a ditadura militar durou 21 anos. Além disso, o regime pôs em prática vários Atos Institucionais, culminando com o Ato Institucional Número Cinco (AI-5) de 1968, que vigorou por dez anos. A Constituição de 1946 foi substituída pela Constituição de 1967 e, ao mesmo tempo, o Congresso Nacional foi dissolvido, liberdades civis foram suprimidas e foi criado um código de processo penal militar que permitia que o Exército brasileiro e a Polícia Militar pudessem prender e encarcerar pessoas consideradas suspeitas, além de impossibilitar qualquer revisão judicial.

quarta-feira, 14 de fevereiro de 2018

PROPOSTA DE REDAÇÃO PARA O ENEM - 62



A partir da leitura dos textos motivadores e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija um texto dissertativo-argumentativo em modalidade escrita formal da língua portuguesa sobre o tema O transgênero em questão na sociedade brasileira: vantagens ou direitos? Apresentando proposta de intervenção que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.
Texto 1
Ninguém nasce mulher: torna-se mulher. Nenhum destino biológico, psíquico, econômico define a forma que a fêmea humana assume no seio da sociedade; é o conjunto da civilização que elabora esse produto intermediário entre o macho e o castrado que qualificam o feminino.
BEAUVOIR, S. O segundo sexo. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1980.

Texto 2

http://operamundi.uol.com.br/dialogosdosul/2030-e-o-momento-da-igualdade-de-genero/08042015/


Texto 3
Divisão no esporte deve ser por gênero ou sexo?
Caso da jogadora de vôlei Tiffany impulsionou debate sobre regras para transgêneros no esporte. Antropólogos e médicos ressaltam complexidade da questão e dificuldade de definir critérios

O caso da jogadora Tiffany Abreu, a primeira transgênero a atuar na Superliga feminina de vôlei, vem causando polêmica. A recente contratação da atleta pelo Bauru, autorizada pela comissão médica da Confederação Brasileira de Vôlei (CBV), desencadeou um debate sobre a possível vantagem de uma transgênero, nascida homem, sobre as demais jogadoras e os critérios adotados em casos como esse.
Hoje o Comitê Olímpico Internacional (COI) permite a participação em competições de pessoas que passaram do gênero masculino para o feminino desde que sejam observadas algumas condições, como nível de testosterona abaixo de 10 nanomol/litro nos últimos 12 anos e que a atleta se declare como do gênero feminino há pelo menos quatro anos. Já para os transgêneros que fizeram a transição do feminino para o masculino não há qualquer restrição.
As regras, no entanto, podem variar de esporte para esporte, de organização para organização e de país para país. Segundo Eric Anderson, professor de esporte, masculinidade e sexualidade na Universidade de Winchester e um dos organizadores do livro Atletas transgêneros em esportes competitivos, essa é uma questão complexa. "A mera presença de atletas transgêneros questiona a divisão de gênero binária sobre a qual o esporte se estabelece."
Para o endocrinologista Guilherme Almeida Rosa, professor da Unirio e especialista de tratamento de transgêneros, um ponto-chave para discutir a questão é o critério para divisão dos times. "O vôlei é feminino, não de mulheres. É uma questão de gênero, não é só uma questão de sexo. Essa pessoa não pode competir no masculino porque ela é feminina, ela é uma transgênero feminino", afirma.
Regras justas?
Tiffany nasceu homem, mas hoje se identifica com o gênero feminino. Ela passou por cirurgia de adequação sexual e tratamento hormonal, isto é, a testosterona produzida por seu corpo foi bloqueada, e ela passou a utilizar o hormônio feminino estrogênio. Entre as mudanças provocadas pelo tratamento estão a diminuição da massa muscular e da força, a redistribuição da gordura corporal, o crescimento dos seios e o atrofiamento dos testículos.
Apesar de estar dentro das regras atuais, a participação esportiva de Tiffany não é consenso. Em dezembro de 2017, a ex-jogadora de vôlei Ana Paula Henkel questionou em tuíte que tal permissão não seria justa porque Tiffany só começou o tratamento hormonal após a puberdade e, portanto, chegou a desenvolver características masculinas.
Segundo Almeida, o processo de feminização geralmente dura de três a cinco anos e, mesmo depois de concluído, isso não significa que o tratamento hormonal tenha que ser interrompido.
O endocrinologista explica que, apesar das mudanças provocadas pela terapia hormonal, características como a estrutura óssea não se alteram. No entanto, para afirmar que Tiffany levaria vantagem por ter mais resistência física e mais força, seria preciso apresentar dados e compará-los com a resistência força física das demais jogadoras.
Nesse caso, se a força e resistência da atleta transgênero for superior, o especialista defende que ela passe por um período de adequação da sua composição corporal e das suas capacidades físicas, para além da regulação de testosterona.
A pesquisadora em antropologia social Barbara Pires, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), lembra que há outros fatores, além dos hormonais, gerando desigualdades entre as atletas, desde amparo técnico e qualidade dos centros esportivos até alimentação e suplementos nutricionais. "É muito difícil para a própria literatura médica entender como tudo está envolvido, e não só o hormônio determina tal característica."
(...)

segunda-feira, 5 de fevereiro de 2018

PROPOSTA DE REDAÇÃO PARA O ENEM - 61


A partir da leitura dos textos motivadores e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija um texto dissertativo-argumentativo em modalidade escrita formal da língua portuguesa sobre o tema As letras de músicas atualmente no Brasil: os limites entre liberdade de expressão e censura, apresentando proposta de intervenção que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.

Texto I
Spotify removerá música após acusação de apologia ao estupro
O Spotify informou hoje (17) que a música “Só surubinha de leve”, de autoria de MC Diguinho, será excluída da sua plataforma de streaming nas próximas horas. A faixa vem sendo acusada de fazer apologia ao estupro e é duramente criticada no YouTube e em publicações diversas nas redes sociais.
Até o momento, contudo, a música ainda está disponível para execução no Spotify e vem com a marcação de “Explícito”, indicando que o conteúdo é sugestivo de alguma maneira. Remover músicas do catálogo é algo bastante incomum para o Spotify, o que torna a situação do MC ainda mais grave. Por outro lado, uma das postagens com o áudio da música no YouTube, entretanto, já tem mais de 14 milhões de visualizações. A publicação original da faixa foi feita em dezembro de 2017.
Contatamos a distribuidora da música 'Só surubinha de Leve' a respeito do ocorrido e, fomos informados que a faixa será retirada da plataforma nas próximas horas, uma vez que o tema foi trazido à nossa atenção. A música está atualmente no Top Viral, pois teve um pico de consumo nos últimos dias. O catálogo do Spotify é abastecido por centenas de milhares de gravadoras, artistas e distribuidoras em todo o mundo. Eles são devidamente avisados sobre nossas diretrizes e são responsáveis pelo conteúdo que entregam", informou o Spotify em comunicado oficial.




Texto II

Disponível em https://jornalismoibmec.wordpress.com/2014/05/31/348/. Acesso em 30.jan.2018.

Texto III
Especialistas dizem que 'Só surubinha de leve' não configura apologia ao estupro
Funk do MC Diguinho foi banido das plataformas de streaming na quinta-feira após texto de internauta, que o condenava, viralizar

Na música “Só surubinha de leve”, que, até o início da tarde de quinta-feira, liderava a lista de sucessos virais do Spotify, o funkeiro caxiense MC Diguinho sugere, com idioleto para lá de vulgar, que o ouvinte alcoolize mulheres e depois as abandone na rua. A canção gerou debate intenso nas redes sociais nos últimos dias, principalmente após uma publicação da estudante de artes visuais Yasmin Formiga viralizar. A paraibana diz, entre outras coisas, que a música “ajuda para que as raízes da cultura do estupro se estendam, aumenta a misoginia, aumenta os dados de feminicídio”.
— O Spotify tem os próprios termos de uso (que vetam qualquer conteúdo que “seja ofensivo, abusivo, difamatório, pornográfico, ameaçador ou obsceno”) colocados de maneira muito clara. No momento em que alguém viola esses termos, o serviço pode optar pela retirada daquele material.
Advogadas e especialistas procuradas pelo GLOBO são unânimes ao afirmar que, em termos legais, porém, a letra da música não configura apologia ao estupro.
Para ser considerado apologia, ele teria que deixar claro que a intenção de “tacar a bebida” seria para deixar a vítima inconsciente, num estado em que não teria condições de consentimento — diz a advogada Sylvia Urquiza. — Na minha concepção, a apologia teria que ser mais palpável.
Ao fazer coro, a também jurista Luiza Oliver cita o artigo 286 do Código Penal, que trata da apologia ao crime:
— Para tipificar o crime de apologia, e tratar como alguém que está incitando a prática de um crime, temos que tirar a questão do terreno do bom e do mau gosto, do politicamente e do moralmente correto. Temos que entender o que é previsto pela lei, que seria constranger alguém, diante da violência ou grave ameaça, a ter uma conjunção carnal. É uma letra de péssimo gosto, moralmente reprovável, mas não há crime aqui.